A edição 2024 do Grande Prêmio de São Paulo é fundamental para as pretensões da Argentina na Fórmula 1. Nos bastidores, ainda que sem prazos definidos, o país trabalha para voltar a receber uma etapa da categoria.
O GP de São Paulo de F1 tem cobertura completa e transmissão exclusiva da Band (TV aberta), do BandSports (TV fechada), em Band.com.br e Bandplay.
Os planos ganharam força a partir da chegada de Franco Colapinto, que assumiu uma vaga na Williams no fim de agosto, no GP da Itália. Com bons resultados, o jovem piloto não apenas entrou no radar de outras equipes para 2025, como ainda reacendeu a relação entre a Argentina e a Fórmula 1: cerca de 2,5 mil torcedores do país devem marcar presença no Autódromo de Interlagos no fim de semana, com projeções falando em até 10 mil.
Com a ascensão do piloto, a audiência da F1 na TV argentina também ganhou força, assim como o interesse de empresas internacionais que atuam no mercado local. Assim, as autoridades esportivas também não perderam tempo e se reaproximaram da cúpula da categoria.
Na tarde desta sexta-feira (1), o CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, conversou Daniel Scioli, ex-embaixador da Argentina no Brasil e atualmente secretário de Turismo, Ambiente e Esportes do Ministério do Interior do governo do país vizinho. No encontro, segundo apurou o Band.com.br, Scioli apresentou os planos para recolocar Buenos Aires no calendário da competição - entre idas e vindas, o Grande Prêmio da Argentina fez parte do calendário da F1 entre 1953 e 1998.
No entanto, os planos têm dois obstáculos. O primeiro é a situação do Autódromo Oscar y Juan Galvez, palco da F1 em Buenos Aires. O local passou por reformas e foi reinaugurado em 2023, quando já se falava de uma possível volta ao calendário; no entanto, a estrutura não conta com o Grau 1 da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), uma exigência da competição.
O segundo ponto é a questão financeira. A Argentina vive longa instabilidade econômica, então a promessa é de viabilizar o evento principalmente com investimentos privados. As principais interessadas seriam empresas petrolíferas.
Longe de casa
Para Franco Colapinto, o reencontro com a torcida argentina no Grande Prêmio de São Paulo é especial. A prova em Interlagos é a primeira dele na América do Sul desde que foi correr na Europa - um desafio bem diferente do que é vivido pelos próprios pilotos europeus.
“Eu realmente sofri quando deixei meu país para ir para a Europa, quando eu era muito jovem. Você está muito longe de sua família, e você sofre. Quando você é europeu, você termina a corrida, volta em um avião por uma hora e está novamente em casa, com sua família à noite, e é super normal - enquanto para mim foi o completo oposto”, disse.
“Eu tinha 14 anos, voltava de um fim de semana difícil precisando de um abraço, e não tinha isso. Você está completamente sozinho, o que deixa as coisas mais difíceis”, desabafou.
Entre os principais candidatos sul-americanos a uma vaga na Fórmula 1, os principais candidatos são dois brasileiros: Gabriel Bortoleto e Felipe Drugovich. Outros nomes potenciais são o brasileiro Enzo Fittipaldi e o paraguaio Joshua Dursken, que disputam a Fórmula 2 em 2024. O peruano Matías Zagazeta correu a F3 na temporada deste ano, e segue no grid em 2025.
O argentino da Williams torce para que o grid da F1 conte com mais pilotos da América do Sul nos próximos anos. “Acho que vai ser muito bom se mais alguém vier no futuro, algum sul-americano. E se eu puder permanecer para termos dois, será incrível. Esperamos por isso”, afirmou.
Programação do GP de São Paulo de F1
Sexta-feira, 1º de novembro
Sábado, 2 de novembro
Domingo, 3 de novembro