Quem acompanha a F1 desde os anos 1990 teve a chance de ver (e ouvir) barulhos distintos gerados pelos motores V12, V10 e V8, até a introdução do V6, o propulsor mais silencioso de todos. E o volume mais baixo do conjunto atual se dá pelo menor tamanho do motor a combustão, uma maior limitação de giros por minuto e o uso de tecnologia híbrida, que abafa o som que sai do escapamento.
Porém, segundo o CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, em 2026 isso vai mudar. Em declaração à rádio australiana “3AW”, o italiano afirmou que é um compromisso da F1 fazer a nova geração de motores com um som mais atraente para os fãs da categoria.
A intenção é garantir que no novo regulamento o barulho do motor seja mais alto porque isso faz parte da nossa emoção. É realmente o que nossos fãs querem ouvir e é nosso dever nos comprometermos com isso
O principal motivo para o som dos novos motores ficar mais alto é a saída de um dos sistemas de recuperação de energia, o MGU-H, que gera eletricidade a partir do calor dissipado pelo escapamento dos carros de F1. O sistema acaba abafando o som que sai do escape. E apesar de o conjunto seguir híbrido, Domenicali garante que o futuro da F1 não é 100% elétrico, como a Fórmula E.
“Não, claramente, não. Precisamos de um som diferente. É música para os nossos ouvidos. Claro que tivemos os V12, muito alto, e depois os V10, os V8 e agora os V6. Não vai ficar menor que isso. É uma situação diferene, pois precisamos ser híbridos, o futuro é híbrido”, afirma Domenicali.