Morreu neste final de semana, aos 73 anos, o britânico John Wickman, um dos fundadores da equipe Spirit. O time competiu na Fórmula 1 entre 1983 e 1985 e ficou conhecido por quase ter protagonizado um retorno de Emerson Fittipaldi à categoria em 1984.
A informação da morte de Wickham foi confirmada por diversos veículos internacionais e pelos canais de comunicação do BTCC (Campeonato Britânico de Carros de Turismo), pelo qual ele passou como dirigente da Audi na década de 1990. O dirigente sofria de uma doença degenerativa.
John Wickham e Gordon Coppuck fundaram a Spirit Racing em 1981 com o apoio de marcas importantes, como Bridgestone e Honda. A fabricante de motores queria voltar à Fórmula 1 e buscava uma equipe para apoiar o projeto de maneira discreta. Depois de uma temporada de sucesso na Fórmula 2 em 1982, o time chegou à F1 no decorrer de 1983.
Diante da pouca evolução do carro, porém, a Honda foi para a Williams em 1984, deixando a Spirit com motores Hart. Naquele ano, o time chegou a cogitar uma dupla formada por Emerson Fittipaldi e Fulvio Ballabio, de forma que o brasileiro – que havia deixado a F1 em 1980 – conseguisse ajudar na evolução do italiano e da própria equipe.
No entanto, Emerson não gostou do desempenho do carro em testes de pré-temporada no Rio de Janeiro e abriu mão da possível vaga. Ballabio tampouco correu, já que não conseguiu a Superlicença, e a Spirit acabou escalando apenas um titular para aquele ano: Mauro Baldi. Sem verbas, a escuderia deixou a F1 em 1985.
John Wickham ainda teve outras passagens pela Fórmula 1. Atuou na Arrows entre 1990 e 1994, depois passou em 2011 por HRT e Lotus Renault.
