A Fórmula 1 já estava chegando a Melbourne para o Grande Prêmio da Austrália de 2020, em março, quando a etapa foi cancelada. Era o começo do impacto da pandemia da Covid-19, cujo impacto a categoria sente até hoje.
No fim, a F1 só foi retomada na temporada passada em julho, com uma “rodada dupla”: o GP da Áustria e o GP da Estíria, ambos no Red Bull Ring. Foram 17 corridas no ano, com etapas incomuns – como Estíria, GP dos 70 anos da F1, Toscana, Eifel e Sakhir. Muitas outras ficaram de fora: Austrália, Vietnam, China, Holanda, Mônaco, Azerbaijão, Canadá, França, Singapura, Japão, Estados Unidos, México e Brasil.
Em 2021, com o avanço mundial da vacinação, a situação nos paddocks ao redor do mundo começou a se normalizar. Mas pode ter certeza de que, para quem cobre, as mudanças ainda podem ser sentidas.
“Para a gente se locomover pelo mundo, não tem mais tanto voo. Um voo direto, uma chegada que você consegue sair do seu ponto de partida e chegar diretamente do outro lado e conseguir organizar seu dia para poder fazer sua cobertura, ficou muito mais complicado. Agora a gente tem que fazer muito mais conexões, porque tem menos aviões voando, menos aeroportos funcionando. Tudo isso impacta no tempo deles, da Fórmula 1, e no tempo da gente como jornalista para cobrir”, contou Mariana Becker, repórter da Band, em entrevista ao Portal da Band.
A avaliação é semelhante à de Sérgio Maurício. Narrador da Fórmula 1 no Grupo Bandeirantes de Comunicação, o locutor esportivo vê “um impacto mundial” da pandemia em diversas área, mas comemorou a resposta mundial para o combate à doença.
Fotos: Pilotos chegam a Interlagos para o GP de São Paulo
“Essa pandemia causou um impacto mundial. Causou um impacto no esporte, na economia, nas relações sociais, no modus vivendi, podemos dizer assim - e a Fórmula 1 não escaparia disso. Mas eu acho que o mais legal é ver como o ser humano tem a capacidade de dar a volta por cima”, descreveu.
“A gente sofreu muito na temporada passada, em 2020, com os autódromos vazios, com um vai-e-vem de corridas que poderiam acontecer e não aconteceram, outras que não estavam programadas e aconteceram. Em 2021 também houve uma readequação, digamos, uma organização melhor da FIA em termos de calendário para fazer 22 provas - a próxima temporada vai ter 23 provas já confirmadas no calendário”, acrescentou.
E o trabalho na pista?
Medidas que todos nós adotamos desde o começo da pandemia também foram adotadas na Fórmula 1. Você certamente já viu Mariana Becker de máscara nas coberturas da categoria. Mas esta não foi a única mudança promovida nos paddocks desde o começo de 2020.
“Para um repórter, é mais complicado. Antes o piloto passava por você, e você podia abordar, dar uma conversadinha rápida antes de ele sair. Agora você não tem mais isso”, afirmou.
“Para fazer entrevista, eu não posso mais fazer uma entrevista assim (emula o gesto de alternar o microfone entre ela e o entrevistado), tem que ter dois microfones. Você perde um pouquinho da naturalidade na hora de entrevistas”, explicou também.
Segundo Mariana Becker, a programação da Fórmula 1 inclui entrevistas com os pilotos, mesmo com as restrições sanitárias impostas pela Covid-19. E todos eles encaram compulsoriamente os microfones.
“De uma maneira geral, eles são muito profissionais”, explicou a jornalista. “Eles são obrigados a nos dar entrevista. Ele não pode chegar lá e não falar. Isso faz parte do papel profissional dele: correr, treinar, ter reunião com o engenheiro e responder para os jornalistas na hora das coletivas. Depois, as ‘one to one’, as entrevistas exclusivas, aí é uma outra história.”
Além das questões de segurança sanitária no trabalho, a reportagem que cobre a Fórmula 1 ao redor do mundo viu diminuir o número de profissionais envolvidos. No entanto, ainda de acordo com a repórter, a situação começa a caminhar para a normalidade nesse quesito.
“Todo mundo de máscara, e a gente tem que manter uma distância de 1,5m. Nas entrevistas, eles ficam mais longe do que a gente. Tem muito menos gente no paddock. Agora começa a ter mais gente, mas até então - até México, Estados Unidos - tinha pouca gente no paddock. Diminuiu o número de repórteres”, explicou também.
Grande Prêmio de São Paulo (horários de Brasília)
Sexta-feira (12)
12h20 - Treino livre 1 - ao vivo no Bandsports
15h30 - Treino classificatório - ao vivo na Band, Bandsports, Bandplay e site da Band
Sábado (13)
11h50 - Treino livre 2 - ao vivo no Bandsports
16h - Corrida sprint - ao vivo na Band, Bandsports, Bandplay e site da Band
Domingo (14)
13h30 - Corrida - ao vivo na Band, Bandplay, BandNews FM e site da Band
19h - VT da corrida - Bandsports
Onde assistir?
Ao vivo na tela da Band e online no Bandplay e no band.com.br, com a narração de Sérgio Maurício, comentários de Reginaldo Leme, Felipe Giaffone, Max Wilson e Rubens Barrichello e reportagem de Mariana Becker.
Grid:
Valtteri Bottas e Lewis Hamilton (Mercedes), Charles Leclerc e Carlos Sainz (Ferrari), Max Verstappen e Sergio Pérez (Red Bull), Lando Norris e Daniel Ricciardo (McLaren), Lance Stroll e Sebastian Vettel (Aston Martin), Fernando Alonso e Esteban Ocon (Alpine), Pierre Gasly e Yuki Tsunoda (AlphaTauri), Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo), Mick Schumacher e Nikita Mazepin (Haas), George Russell e Nicholas Latifi (Williams)