Lewis Hamilton tem contrato com a Mercedes apenas até o final da temporada 2023 da Fórmula 1. Mas a equipe se mostra disposta a manter o heptacampeão por mais alguns anos.
É o que garante o chefe de equipe do time alemão, Toto Wolff. Em declarações publicadas pela imprensa especializada, o dirigente informou as partes devem se reunir ao longo do ano para negociar um novo compromisso para o britânico, de 38 anos.
“Estamos muito alinhados. Nos últimos 10 anos, nosso relacionamento apenas cresceu, então é apenas uma questão de ele estar fisicamente de volta à Europa, discutirmos um pouco e deixarmos a sala com a fumaça branca depois de algumas horas”, afirmou Wolff nos últimos dias, em referência à fumaça branca que marca o anúncio da escolha de um novo papa após conclaves na Igreja Católica.
Titular da Mercedes desde 2013, Hamilton – que passou parte das férias na Antártica e nos EUA – não é cotado como reforço de outras equipes da F1 neste momento. Para Wolff, a tendência é de uma negociação simples para a renovação.
Valores e nova função
De acordo com o site francês Sportune, o novo acordo que a Mercedes vai propor a Hamilton tem duração de duas temporadas, até o final de 2025. Por cada uma, o piloto receberia 70 milhões de euros (cerca de R$ 387,3 milhões em valores atuais).
O compromisso, já bem adiantado, representaria um aumento salarial ao heptacampeão, que atualmente recebe 45 milhões de euros (quase R$ 249 milhões) por ano. No entanto, a proposta não incluiria um bônus de 25 milhões de euros (cerca de R$ 138,3 milhões na cotação atual) por título mundial.
Os valores seriam pagos pela Ineos, empresa química que figura entre as principais patrocinadoras da Mercedes. O CEO da companhia, Jim Ratcliffe, é cotado para se tornar um dos proprietários do Manchester United, em iniciativa da qual o próprio Hamilton poderia fazer parte. Hamilton ainda receberia investimentos de Ratcliff na organização de caridade da qual é responsável, a Mission 44.
O site Motorsport Week informa ainda que Hamilton negocia com a Mercedes-Benz uma futura posição de embaixador da marca para a carreira pós-Fórmula 1. Na função, o britânico receberia 25 milhões de euros por ano.