Nikita Mazepin anunciou que pretende recorrer aos tribunais para receber da Haas os salários que alega ter a receber referentes à temporada 2022 da Fórmula 1.
O piloto russo estreou na equipe em 2021 e tinha contrato também para este ano. No entanto, foi dispensado após a invasão russa ao território da Ucrânia, quando a Haas optou por rescindir o contrato com sua principal patrocinadora - a Uralkali, uma empresa de fertilizantes que pertence ao pai do piloto.
“Quando o contrato foi rescindido, a Haas tinha meus salários atrasados ??para este ano. E ainda não pagaram. Parece-me que o empregador deveria ao menos compensar o salário até o momento da demissão e, provavelmente, pagar algum tipo de indenização”, afirmou Mazepin em entrevista publicada nesta terça-feira (21) pelo site russo Championat.
Segundo o piloto, a demissão não teve relação com o fim do vínculo com a empresa. “Estou falando apenas do fato de que as obrigações contratuais não foram cumpridas. É preciso entender que tínhamos dois contratos independentes. E quebrar o acordo com o patrocinador (Uralkali) não teve um impacto direto no meu futuro na equipe. Então eles tomaram duas decisões separadas. Não vi meu dinheiro, então vamos ao tribunal.”
O piloto russo voltou a afirmar ter recebido mensagens de apoio de diversos pilotos quando foi dispensado da Haas – em março, ele citou conversas a respeito com Sergio Perez (Red Bull), George Russell (Mercedes), Charles Leclerc (Ferrari) e Valtteri Bottas (Alfa Romeo). No entanto, afirma que foi excluído do grupo de WhatsApp da GPDA (Associação de Pilotos de Grandes Prêmios) no dia em que a equipe informou sua dispensa.
“Para ser sincero, fui removido do grupo de WhatsApp do GPDA no mesmo dia em que a Haas anunciou minha demissão. Claro que tive o apoio dos meus colegas. Vários pilotos famosos que estão atualmente no top 5 me enviaram mensagens privadas. Alguns decidiram apoiar publicamente, alguns ficaram em silêncio. Mas não culpo ninguém”, relatou.
Sem competir desde que perdeu a vaga na F1, Mazepin deve voltar às atividades em agosto para disputar um rali, com largada na Hungria e chegada na Mongólia. Questionado se poderia seguir sua carreira correndo na Fórmula Indy, o russo diz não ter interesse na categoria norte-americana.
“Não estou interessado na Indy”, diz, sem esconder que espera voltar à F1. “Claro, não posso dizer o que vai acontecer no futuro. Mas toda a minha vida eu quis entrar na Fórmula 1. E eu cheguei lá (...). Sonhei em ganhar pontos este ano e agora espero que isso aconteça no futuro”, completou.