Em tom crítico, Hamilton diz ver 'passos de bebê' da F1 em questões sociais

Britânico da Mercedes ainda assegurou estar motivado para buscar oitavo título

Da redação

Britânico da Mercedes ainda assegurou estar motivado para buscar oitavo título Mercedes AMG F1
Britânico da Mercedes ainda assegurou estar motivado para buscar oitavo título
Mercedes AMG F1

A Fórmula 1 ainda não viu resultados dos esforços para promover questões sociais.

Pelo menos, na avaliação de Lewis Hamilton. Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera publicada neste final de semana, o heptacampeão afirmou acreditar que muito trabalho ainda é necessário para que o tema seja discutido de maneira mais aberta.

“(Vejo) apenas passos de bebê, pequenos passos. Para muitas equipes, não é uma prioridade. A Fórmula 1 agora está mais consciente, mas ainda temos que pressionar muito. O tema agora está mais escondido, nos movemos nos bastidores. Leva tempo, e vou continuar a insistir”, disse Hamilton, uma das vozes mais ativas na promoção de questões sociais na F1.

Ainda de acordo com o britânico da Mercedes, é “muito difícil” para que determinados protagonistas da categoria se posicionem, especialmente em determinados setores.

“Se eu olhar para minha equipe, a Mercedes, eles tomaram a direção certa. Em marketing, por exemplo, nunca houve tanta ‘diversidade’. Agora, gostaria de ver os mesmos passos também em outros setores, entre mecânicos e engenheiros. Aumentar a presença de mulheres no automobilismo.”

Em busca do oitavo título

Ainda sem vencer na temporada, Hamilton é o sexto colocado no Mundial de pilotos, com 50 pontos em sete corridas. Longe da briga pelo título em 2022, ele garante manter a motivação em alta para buscar o octacampeonato.

“A resiliência está dentro de cada um de nós. Nunca desista. Uma vez que você cai, o outro você se levanta. A meditação me ajuda”, explicou, indo além e explicando seu otimismo para ser campeão mais uma vez antes de se aposentar.

“Não se trata apenas de recordes, de títulos esportivos. Quero vencer para realizar todo o trabalho de bastidores em prol da igualdade. A Fórmula 1 não é mais o que era. (Antes) eles montavam garagens, corríamos e depois voltávamos para casa. Agora é fonte de inspiração, ajuda a formar opiniões. E está em boas mãos graças a um grande italiano”, completou, em referência ao diretor Stefano Domenicali.

Com a Mercedes ainda sem o mesmo rendimento de rivais como Red Bull e Ferrari, Lewis Hamilton espera que a equipe logo possa reagir.

“Estou com esses caras há dez anos. Eu sei como eles funcionam e o tipo de cultura: ganhamos e perdemos juntos. Eles são altamente motivados, dão suas almas para nos trazer de volta ao topo”, acredita Hamilton – que, aos 37 anos, garante ter o mesmo pique dos tempos de estreante.

“Vejamos esta temporada: provavelmente não vou ganhar o título, mas sinto o mesmo prazer de competir de quando comecei. Por que devo parar? Talvez um dia eu não aguente mais a pressão, estarei cansado, mas esse dia ainda não chegou”, garante.

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