Lewis Hamilton criticou o presidente da Fedeção Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed Ben Sulayem, por uma fala que considerou racista a respeito da linguagem usada na Fórmula 1 atualmente.
Ao comentar a tentativa de “limpar a transmissão da F1” do uso de palavrôes, Sulayem usou como exemplo a linguagem adotada por rappers em suas músicas.
“Tem uma diferença entre o nosso esporte o automobilismo, e músicas de rap. Nós não somos rappers. Quantas vezes por minuto eles usam a palvra com “F” (fuck)? Aqui não usamos tanto, mas eles são eles e nós somos nós. Estamos fazendo o que podemos para minimizar isso. Porque se você estiver em casa no sofá com seus filhos assistindo a corrida e um dos drivers de repente começa a usar linguagem chula, como seus filhos reagirão? O que o ‘seu’ esporte lhes ensina?”,disse em uma entrevista deletada no site MotorSport.com.
Apesar de Hamilton concordar que é necessário que os pilotos da F1 tenham cuidado com as palvras que usam no rádio, o heptcampeão criticiou a comparação feita pelo presidente da FIA.
"Não gosto de como ele se expressou, falando 'rappers', é muito estereotipado. E a maioria dos rappers são negros. Foi uma escolha errada de palavras. Há um elemento racista aí", disse o piloto da Mercedes.
A relação entre Hamilton e Sulayem nunca foi boa. E se deteriorou ainda mais quando o presidente da Federação criticou o ativismo de Hamilton e Vettel na F1, já que ambos os pilotos correram com capacetes com arco-íris LGBT em países de religião majoritariamente muçulmana. Uma cena que também chamou atenção em 2024 foi a forma fria com que Hamilton cumprimentou o dirigente após vencer o GP da Inglaterra.