Lewis Hamilton admite se questionar após dois anos sem vencer na Fórmula 1

"Há sempre momentos em que você se pergunta: ‘Sou eu ou é o carro?'", afirmou o heptacampeão

Da redação

Duas temporadas sem vitórias na Fórmula 1 fizeram Lewis Hamilton questionar as próprias habilidades.

Em entrevista publicada nesta quinta-feira (30) pelo site da rede de TV britânica BBC, o heptacampeão demonstrou insegurança a respeito do desempenho. E indicou ainda buscar respostas dentro da Mercedes para dar a volta por cima.

“Quando você passa por temporadas difíceis como esta, há sempre momentos em que você se pergunta: ‘Sou eu ou é o carro?’”, afirmou. “Quando a mágica acontece, quando tudo dá certo, o carro e você, e há aquela faísca, é extraordinário. E é isso que você procura.”

Se a Mercedes conseguiu vencer uma corrida em 2022 (o GP de São Paulo, com George Russell), passou em branco em 2023. E Hamilton afirmou que a perspectiva já era pouco otimista em fevereiro de 2023, antes mesmo do começo da temporada.

“Aquele definitivamente não era uma boa sensação. Eu tinha expectativas elevadas”, reconheceu o piloto.

“Eu estava um pouco mais apreensivo (no começo de 2023). No ano anterior, eu estava tipo: ‘O carro é incrível, é único, ninguém vai ter nada parecido’. E quando fomos para o primeiro teste... Então, eu estava um pouco mais cauteloso. Quando eu estava ouvindo, eu pensava: ‘Vamos ver’. De repente, o carro tinha todos esses problemas. Eu sabia que seria um longo ano.”

Britânico diz que percebeu problemas do W14 já antes da temporada (Imagem: Mercedes AMG F1 Team)

Ao longo de toda a temporada, Hamilton fez sucessivas críticas ao projeto do W14, buscando respostas em reuniões e testes. Terminada a temporada, o britânico garante que “ninguém sabia qual era o problema”, o que atrapalhava qualquer perspectiva de melhoria.

Mesmo com poucos motivos para comemorar em 2023, Hamilton acredita que a Mercedes encontrou um norte para 2024. Em relação às rivais, o time levou poucas atualizações aerodinâmicas para as pistas na segunda metade do ano, mas o heptacampeão acredita que a questão não será um obstáculo no desenvolvimento do W15.

“Eu tenho fé de que vamos chegar lá”, assegurou, mostrando motivação. “Eu ainda amo pilotar. Eu ainda amo entrar no carro. Quando eles dão a partida no carro, e você tem todo aquele pessoal ao redor do carro, quando você passa pelo pitlane, eu ainda tenho aquele sorriso no rosto como no primeiro dia em que pilotei.”

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