Se for supersticioso, Charles Leclerc deve estar começando a fazer algo para melhorar sua sorte em Mônaco. Nascido e criado no principado, o monegasco jamais conseguiu terminar uma corrida por lá desde que se profissionalizou nas pistas.
Desde 2017, foram cinco corridas por lá entre Fórmula 2 e Fórmula 1, e o piloto da Ferrari falhou em completar todas elas. Na de 2021, a situação foi ainda pior: Leclerc nem sequer iniciou a prova.
Entenda o que aconteceu em todas as tentativas frustradas do monegasco de ver a bandeira quadriculada em casa.
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2017
Nessa temporada, Leclerc ainda estava na F2. Na primeira corrida do fim de semana, o monegasco largou da pole, mas uma entrada nos boxes durante período de safety car fez com que três pilotos que estavam atrás de Leclerc conseguiram parar e voltar à frente do piloto da equipe Prema. Para piorar, sofreu uma falha na suspensão e precisou abandonar.
Na segunda corrida do fim de semana, após largar do fim do grid por causa do resultado da primeira prova, Leclerc acabou se chocando com Norman Nato na Rascasse. Mas o que o fez abandonar a prova foi um problema elétrico mais tarde.
2018
Em sua primeira corrida pela F1, Leclerc ficou sem freios em sua Sauber na descida do Túnel rumo à Nouvelle Chicane. Sem conseguir parar o carro, bateu com tudo na traseira da Toro Rosso de Brendon Hartley, obrigando ambos a abandonarem a corrida.
2019
Em sua primeira temporada com a Ferrari, a escuderia errou a estratégia no Q1 e o piloto se viu eliminado na primeira parte da classificação. Após largar em 16º, Leclerc acabou batendo no muro na tentativa de escalar o pelotão, o que danificou o carro em diversos pontos e o obrigou a abandonar a corrida.
2020
Não houve corrida em Mônaco em razão da pandemia de Covid-19.
2021
Esse talvez seja o episódio mais sofrido para o piloto da casa. Leclerc tinha feito a pole provisória, mas os rivais vinham melhorando os tempos. Na tentativa de baixar a sua volta, o piloto da Ferrari bateu no muro na última tentativa, o que encerrou de forma prematura a classificação e impediu outros pilotos de melhorarem suas marcas.
Agora a ironia: foi a batida que garantiu a Leclerc a primeira pole em Mônaco. Ao mesmo tempo, o incidente acabou danificando uma peça da Ferrari que não foi detectada num primeiro momento pela equipe. O problema no eixo de transmissão do carro do monegasco só se revelou quando o piloto se dirigia ao grid de largada, já no domingo, impedindo que ele sequer largasse.
Bônus
Em um evento de exibição em 2022, o piloto guiava uma Ferrari histórica de Niki Lauda, usada pelo austríaco em 1974, quando perdeu os freios e bateu na Rascasse, destruindo a parte traseira da Ferrari 312 B3.