Entre os dias 18 de outubro e 20 de novembro, a cidade de São Paulo recebe um evento que promete criar muita expectativa nos fãs de Fórmula 1: a exposição 50 Anos de GP no Brasil, relembrando as cinco décadas de corridas da categoria no país.
A atração, na Oca do Parque do Ibirapuera (portões 1 e 2), reúne peças que impressionam. São carros, capacetes, macacões, troféus, peças e fotos que revisitam as cinco décadas desde a prova extraoficial de 1972, vencida pelo argentino Carlos Reutemann com uma Brabham.
Para Alan Adler, diretor-executivo do GP de São Paulo, o mais difícil “foi conseguir trazer todo esse acervo”. “Realmente, não foi brincadeira. São quase 200 itens, e é muito especial”, disse Adler nesta segunda-feira (17) durante a coletiva de lançamento da exposição.
O desejo é de que a atração seja o primeiro passo para um futuro museu para o automobilismo nacional. A ideia foi apresentada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também durante a coletiva.
“A gente está trabalhando para fazer o Museu da Aviação no Campo de Marte”, afirmou Nunes. “Mas acho importante fazer o Museu do Automobilismo”, acrescentou.
O possível museu deve atender a uma demanda de fãs de São Paulo e de outras cidades por atrações ligadas ao tema na cidade. A curto prazo, segundo ele, o público deve ganhar uma estátua em homenagem a Ayrton Senna no Autódromo de Interlagos.
Para o CEO do GP, a exposição deve ainda marcar o início de uma série de eventos extrapista para os próximos anos, que já teriam sido iniciados nas edições anteriores, mas que foram adiados por causa da pandemia da Covid-19. O sonho, diz, é uma fan zone do lado de fora de Interlagos.
“É o pontapé desse movimento de ocupar São Paulo, não só na semana”, explicou.
Visitantes
A ideia de Ricardo Nunes era liberar a visita grátis à exposição para estudantes das escolas públicas da cidade com os melhores desempenhos no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Mas segundo Adler, não será necessário.
“Na terça-feira, (o evento) é gratuito. Vai ficar um mês essa exposição. A gente vai acolher na maioria escolas públicas, com crianças que vão poder estar perto da Fórmula 1. É esse o objetivo”, explicou o CEO da prova paulistana.
Ainda de acordo com Adler, a expectativa é receber em torno de 200 mil pessoas ao longo de toda a exposição. Os ingressos já estão disponíveis, e parte da renda será revertida para Instituto Ayrton Senna.
A prova tem contrato com a F1 até 2025, mas Alan Adler acredita que uma futura renovação não será problemas. “O mundo da Fórmula 1 é apaixonado pelo Brasil, por São Paulo, por Interlagos”, disse o dirigente, que afirma ter o apoio “total” e “irrestrito” da Liberty Media para permanecer no calendário. “Esse casamento vai ser por muitos anos, tenho certeza.”
A Exposição 50 Anos de GP no Brasil tem o incentivo fiscal do Programa de Ação Cultural (ProAC ICMS) do Governo do Estado de São Paulo. Além da Porto Seguro Bank, também são patrocinadores Heineken, Claro, Shell, Waze, World Wine, Giovanna Baby, Sancta Maggiore, Tereos e Band.