A Williams tem um longo caminho até que consiga voltar a disputar as primeiras posições na Fórmula 1.

A avaliação é do chefe de equipe da própria Williams, James Vowles, que aponta para uma defasagem de décadas em determinadas áreas do time britânico.

Contratado junto à Mercedes para assumir o posto que pertenceu a Jost Capito até 2022, Vowles encontrou algumas semelhanças entre as condições das duas equipes. Mas reconheceu que as diferenças têm peso importante no desempenho do time fundado por Frank Williams e Patrick Head.

“Não são muitos, mas alguns elementos da organização estão em um nível parecido com o da Mercedes”, disse Vowles ao site Motorsport.com.

“Há alguns elementos que estão defasados há 20 anos, o que faz sentido se você pensar na história da equipe. O investimento foi zero por quase 20 anos, até que uma empresa de investimentos chegou”, acrescentou, em referência à chegada da Dorilton Capital em 2020.

Para o dirigente, muitas das instalações da Williams foram “quase preservadas” nos últimos 20 anos. E nem mesmo os funcionários da escuderia foram poupados da avaliação do novo chefe.

“A visão do que é a excelência (na Williams) é completamente diferente do que realmente é hoje, e você tem que levar as coisas adiante”, disse. “Internamente, muito do trabalho que tenho pedido a eles foi comparado a pedir que fizéssemos três anos de desenvolvimento em seis meses. Sim, mas esse é o padrão. Na verdade, o padrão é até mais alto do que isso.”

Apesar do discurso duro, Vowles diz que as críticas têm sido bem aceitas pela cúpula da escuderia. “A organização sabe que precisamos mudar, que precisamos ir adiante. Que precisamos evoluir para termos sucesso. E todo mundo está pronto para isso.”