O ambiente na Racing Bulls após o Grande Prêmio do Bahrein não era dos melhores: o time não somou pontos na etapa, e ainda viu um desentendimento entre os pilotos até mesmo após o fim da prova.
Nas últimas voltas, Yuki Tsunoda recebeu a orientação para ceder o 13º lugar a Daniel Ricciardo, que vinha em 14º. O japonês não gostou e chegou a alegar que tinha mais ritmo que o carro do australiano. No fim, Ricciardo foi 13º, à frente do companheiro.
Após ambos cruzarem a linha de chegada, Tsunoda forçou uma ultrapassagem sobre Ricciardo e fez um brake test sobre o australiano, que voltou à frente. Em seguida, o piloto do carro 22 seguiu e forçou uma ultrapassagem sobre o colega, que posteriormente reclamou da “imaturidade”.
Em entrevista após a prova, Tsunoda não comentou as manobras, mas não escondeu a frustração com a decisão da Racing Bulls.
“Eu nem quero falar sobre isso, para ser sincero”, afirmou. “Estávamos lutando fora da zona de pontuação, em 13º, 14º, e eu estava ultrapassando (Kevin) Magnussen, lado a lado. Então trocamos posições nas últimas voltas. Honestamente, não entendo. Temos que rever. No fim, (Ricciardo) também não ultrapassou também. Tanto faz.”
O chefe de equipe da Racing Bulls, Laurent Mekies, justificou depois a decisão a respeito da troca de posições dos pilotos. Para o dirigente, Ricciardo tinha mais chances de ultrapassar os pilotos à frente – Kevin Magnussen foi 12º, Guanyu Zhou foi 11º - e brigar por pontos.
“Em um primeiro momento da corrida, sentimos que tínhamos uma boa oportunidade, com Yuki fazendo um bom trabalho e pilotando em décimo. Perdemos algumas posições no decorrer da corrida e sofremos para ultrapassar nossos rivais no fim da corrida. Colocamos um novo jogo de pneus macios em Daniel no último stint e trocamos as posições de nossos carros para nos darmos uma chance de ultrapassarmos Kevin e Zhou, mas infelizmente não foi suficiente”, detalhou Mekies.