Dono de sete títulos na F1 e acumulador de recordes na categoria, Lewis Hamilton mostrou neste domingo (7) que ainda há espaço para que o lado humano sobressaia em um piloto profissional. Ao encerrar o jejum incômodo de vitórias no GP da Grã-Bretanha, que durava quase três anos, o inglês não conteve as lágrimas. Em entrevista exclusiva ao repórter Felipe Kieling, o inglês explicou a emoção.
“Muitas vezes me pergunto sobre o peso de uma lágrima, o que elas carregam. Desde 2021 (sem vencer) e o quão desafiador tem sido. Acho que essa felicidade e tristeza interior dentro dessas lágrimas são apenas gratidão. E também orgulhoso de mim e da equipe”.
A falta de bons resultados fez o piloto até questionar a própria qualidade. “Houve momentos em que pensei que não era bom o suficiente para fazer o que fiz hoje, e isso é muito difícil de aceitar. E hoje mostrei que não preciso aceitar”, desabafou.
Hamilton largou na segunda colocação, e esteve sempre no pelotão da frente ao longo da corrida. Com boas escolhas nas trocas de pneu, em virtude das chuvas que paravam e voltavam, o piloto da Mercedes assumiu a ponta no fim da prova e venceu.
“As últimas voltas foram as mais longas da minha vida. Simplesmente pareciam que nunca acabariam. E quando cheguei na última curva e vi toda a multidão, cruzando a linha… muito especial”, explicou.
Na comemoração, além do choro dentro do carro, enrolou-se na bandeira do Reino Unido e foi festejar ao lado dos torcedores, quebrando o protocolo de fim de corrida.