O Grande Prêmio do Canadá ampliou um cenário nada animador na Haas. Depois de um começo empolgante na temporada 2022, a equipe norte-americana foi a única do grid a não somar pontos nas últimas cinco corridas, voltando ao patamar pouco competitivo da temporada anterior.
Em 2021, apenas duas equipes atingiram séries de cinco ou mais corridas sem pontuar: a Williams e a própria Haas. O time britânico passou em branco nas dez primeiras provas, entre Bahrein e Inglaterra, antes de iniciar uma sequência de pontos em quatro das cinco provas seguintes; depois, entre Turquia e Abu Dhabi, foram mais sete GPs consecutivos fora das dez primeiras posições.
A Haas zerou a temporada 2021, com a justificativa de concentrar esforços no carro de 2022, quando a F1 estrearia um novo regulamento. A aposta se mostrou certeira, e o time somou pontos em três das quatro primeiras provas do ano, com destaque para o quinto lugar de Kevin Magnussen no GP do Bahrein.
Desde então, o time de Gene Haas estacionou, e os melhores resultados foram o 14º lugar de Mick Schumacher na Espanha e no Azerbaijão. Para efeito de comparação, nas últimas cinco corridas, a Aston Martin somou 11 pontos, a AlphaTauri somou 11 e a Williams somou dois.
Com gastos imprevistos oriundos dos acidentes de Mick Schumacher na Arábia Saudita e em Mônaco, o time só deve ter novidades no carro ao fim de julho, no GP da Hungria. E segundo Günther Steiner, chefe de equipe da Haas, deve ser a única atualização do carro antes que o time se concentro no carro de 2023.
“Esperamos que seja um grande passo em termos de performance, é a minha esperança”, disse, de acordo com declarações publicadas pelo site da revista Autoweek na última semana. “É isso, sem mais atualizações. Você sempre continua a desenvolver (o carro), e obviamente, se encontra algo que dá uma grande vantagem no carro deste ano, você o faz; mas não estamos trabalhando em um grande pacote para este carro (depois da Hungria)”, completou.
No GP do Canadá, a Haas aproveitou a chuva do sábado e conseguiu uma promissora terceira fila no grid de largada. No entanto, Kevin Magnussen largou em quinto e teve que trocar a asa dianteira depois de um toque de Lewis Hamilton (Mercedes), terminando em 17º. Já Mick Schumacher largou em sexto e andou quase sempre na zona de pontuação, mas abandonou na 18ª volta com problemas de motor.
O dinamarquês não gostou de ter recebido uma determinação da organização da prova para parar, levando uma bandeira preta e laranja na sexta volta para entrar nos boxes. “Fomos forçados a entrar nos boxes com o dano que tínhamos, mas não era nada. O carro estava perfeito para pilotar, não havia efeito (da asa quebrada) no carro. É normal, você precisa poder terminar a corrida com alguns arranhões no carro”, lamentou.
O tom foi semelhante ao de Günther Steiner. “Não foi o que queríamos hoje. A corrida de Kevin acabou quando ele teve que trocar a asa dianteira. Mick estava brigando e entrando no ritmo, mas algo na unidade de potência deixou ele na mão e acabou com seu dia”, resumiu o italiano.