A Uralkali, fabricante russa de fertilizantes, informou à imprensa nesta segunda-feira (26) que recebeu da Haas os valores que cobrava da equipe nos tribunais europeus. A dívida incluía um carro da equipe, que foi entregue à companhia.
Em comunicado, a empresa informou que recebeu “o pagamento integral devido pela Haas (incluindo juros e multas) após a decisão”. “Nós também coletamos o carro de corrida que era devido sob os termos do acordo de patrocínio”, diz a nota.
As duas partes selaram um acordo para a temporada de 2021 da Fórmula 1, na qual a Uralkali assumiu o posto de patrocinadora máster da Haas. Com isso, garantiu a vaga de titular para o piloto russo Nikita Mazepin - cujo pai, Dmitry, era um dos principais acionistas da empresa.
No entanto, diante da invasão da Rússia a territórios da Ucrânia, a escuderia de Gene Haas optou por rescindir o contrato no início de 2022 – o compromisso iria até o fim daquela temporada. Mazepin ficou sem vaga e foi substituído por Kevin Magnussen.
A Uralkali então recorreu aos tribunais europeus, que decidiram em junho de 2024 que a Haas deveria indenizar a antiga parceira. Além de dinheiro, a companhia teria direito a um carro da equipe.
No GP da Holanda do último final de semana, representantes da Uralkali foram ao circuito de Zandvoort acompanhados de autoridades holandesas. Caso não cumprisse com a decisão judicial, a Haas seria proibida de deixar a Holanda.
“A Uralkali notificou as autoridades holandesas, informando que elas podem liberar os ativos da Haas”, informa ainda o comunicado da companhia russa. “A Haas está livre para retirá-los da Holanda.”