Ainda que tenha dominado a temporada 2022 da Fórmula 1, Max Verstappen só conseguiu comemorar o título conquistado no Grande Prêmio do Japão após uma situação inusitada.

Vencedor da prova em Suzuka, o holandês da Red Bull participava das entrevistas após a prova, e já havia comentado a respeito do adiamento da definição do título para o Grande Prêmio dos Estados Unidos, em 23 de outubro.

“Fiquei feliz de termos tido uma corrida. Ficarmos sem correr seria terrível”, afirmou, em referência ao atraso de mais de duas horas provocado pela chuva. “Seria ótimo vencer o campeonato, mas há outra oportunidade na próxima corrida.”

Naquele momento, porém, os comissários da prova julgavam uma manobra de Charles Leclerc na última volta. O monegasco da Ferrari perdeu a freada na chicane e cortou caminho, mantendo-se à frente de Sergio Pérez (Red Bull) para cruzar a linha de chegada na segunda colocação.

Leclerc acabou punido após a prova, promovendo Pérez à segunda posição. Se os resultados na pista ainda mantinham as chances do piloto da Ferrari, a combinação das novas posições assegurou o título a Verstappen. O holandês chegou a 366 pontos, enquanto o vice-líder Leclerc, com 237, só pode chegar a 359 até o final do ano.

Quando Pérez falava, Verstappen foi chamado novamente ao microfone e informado pelo ex-piloto Johnny Herbert, responsável pelas perguntas, a respeito da mudança do cenário.

“Bem, OK. O que posso dizer? É incrível, claro”, afirmou, à frente de um telão que passava a exibir a mensagem “campeão mundial”. “É muito especial conseguir (o título) aqui, diante dos funcionários da Honda e dos torcedores japoneses”, acrescentou.