De vômito a desidratação, calor castiga pilotos durante o GP do Catar

Altas temperaturas e umidade elevada foram obstáculos exigentes para boa parte do grid

Da redação

O Grande Prêmio do Catar deste domingo (8) foi realizado em condições bastante extenuante para os pilotos.

As temperaturas durante o dia beiraram os 40 graus, caindo para cerca de 29 à noite. Some-se a isso a umidade elevada e a exigência física natural da Fórmula 1, e o resultado foi uma prova que causou um desgaste acima da média para boa parte do grid.

As situações mais preocupantes talvez tenham ficado por conta da Williams. Logan Sargeant passou mal durante a prova e abandonou na volta 40, recebendo atendimento médico. O norte-americano, que havia apresentado sintomas semelhantes aos de gripe no começo da semana, foi diagnosticado com desidratação.

“O principal é que Alex (Albon) e eu estamos bem. Já vinha me sentindo mal durante a semana, o que não ajudou com a desidratação neste calor. A última coisa que eu queria era abandonar, mas precisei colocar minha saúde em primeiro lugar. Peço desculpas ao time por não conseguir terminar a corrida”, lamentou Sargeant.

Já Alexander Albon conseguiu completar a prova, terminando em 13º lugar. No entanto, ainda de acordo com a Williams, precisou ser levado ao centro médico do Circuito de Lusail após ser exposto a níveis excessivos de calor.

“Estou feliz que Logan esteja bem, uma vez que nunca é fácil abandonar uma corrida. Acho que esta corrida termina como uma das mais difíceis do ano, uma vez que eu mesmo sofri com a exposição ao calor”, disse Albon. “Sofremos com o superaquecimento do cockpit, então é algo que também precisamos rever.”

Outro que viveu maus momentos no domingo foi Esteban Ocon, da Alpine. O francês chegou a vomitar entre as voltas 15 e 16, mas conseguiu manter o controle e completou a prova na sétima colocação.

Entre os primeiros colocados, mais desgaste. Max Verstappen (Red Bull) venceu, e precisou se sentar no chão da antessala do pódio para descansar, pedindo em tom de brincadeira por uma cadeira de rodas. Oscar Piastri (McLaren), o segundo colocado, jogou água no pescoço no pitlane e se deitou na sala de descompressão.

“Nunca é uma situação agradável ver algumas pessoas acabando em um centro médico ou desmaiando. É uma coisa muito perigosa de se acontecer. É algo muito perigoso”, afirmou Lando Norris, da McLaren. “Mas não se trata de um ponto no qual os pilotos precisem treinar um pouco mais.”

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