O regulamento da Fórmula 1 para 2022 provocou muitas mudanças na categoria. E com todas as novidades, as equipes sofreram para se enquadrar nos novos limites de peso dos carros.
A categoria cedeu, aumentando o limite de 752 kg para 795 kg na temporada – e aumentou ainda mais, para 798 kg, após acordo. Mesmo assim, chegar à marca não é tarefa fácil.
No Grande Prêmio do Bahrein do último fim de semana, algumas das equipes mostraram estratégias para vencer a briga contra a balança. E as pinturas dos carros levaram a pior.
Times como a McLaren e a Aston Martin abriram mão da tinta em determinadas áreas dos carros, que correram com as estruturas de fibra de carbono visíveis. No primeiro caso, a pintura foi alterada na cobertura do motor; no segundo, o sacrifício foi ao lado das entradas de ar laterais.
O impacto no peso total do carro é pequeno nestes casos, mas sempre bem-vindo.
“Estes carros são pesados por regulamento, e chegar ao peso exigido é um desafio”, disse Andy Green, diretor do departamento técnico da Aston Martin, de acordo com o site da revista Autosport.
“Olhamos o carro de frente e de traseira, e tiramos a tinta de onde podíamos. Acho que economizamos 350 gramas”, calculou.
A economia, porém, impactou pouco no desempenho dos carros. A Aston Martin teve seus dois carros eliminados ainda no Q1 do último sábado, com Nico Hulkenberg em 17º e Lance Stroll em 19º. O canadense foi o 12º na corrida, enquanto o alemão ficou com o 17º lugar.
No caso da McLaren, Lando Norris foi o 13º do grid, enquanto Daniel Ricciardo foi o 18º. Ambos ficaram fora dos pontos: o australiano foi o 14º, enquanto o britânico foi o 15º.
Mesmo entre os carros mais competitivos neste início de temporada, o peso promete ser um desafio. “É difícil manter esses carros abaixo do limite de peso”, disse Paul Monaghan, chefe de engenharia da Red Bull. “Todo mundo está lutando a mesma luta.”