Ana Carolina Segala, 19 anos, nem havia nascido quando Ayrton Senna brilhava nas pistas da Fórmula 1. Mesmo assim, a jovem de São Bernardo do Campo (SP) era só sorrisos ao tirar fotos ao lado do busto do tricampeão, no setor A do Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
A obra, da artista plástica Lalalli Senna, foi inaugurada na última quarta-feira (9). E com a presença do público para o Grande Prêmio de São Paulo deste final de semana, virou um ponto de referência no circuito.
Inclusive para Ana Carolina. “Meus pais sempre viram Fórmula 1. Desde pequena, fui aprendendo a ver. É motivador ver um brasileiro correr”, diz a jovem ao lado dos pais, Welington e Tábata. Os três estiveram no circuito em 2021 para ver a vitória de Lewis Hamilton (Mercedes).
A família se divide na hora de torcer. Ana Carolina e Welington escolheram camisas da Red Bull para o primeiro dia do fim de semana da corrida, nesta sexta-feira, enquanto Tábata optou por um uniforme da Ferrari. Da mochila, a mãe tirou uma bandeira com elogios tanto a Max Verstappen quanto a Lewis Hamilton.
“É isso que é legal da Fórmula 1. Não tem a violência do futebol, não tem essa rivalidade”, diz a jovem – que, assim como o pai, acredita em vitória de Max Verstappen no domingo (13).
“Esse ano é do Max Verstappen”, acredita Ana Carolina. “Acho que ele lembra mais o Senna”, elogiou Welington.
No caso de Ramon Gomes e Luana dos Anjos, 32 anos, o busto de Ayrton Senna foi a largada do fim de semana em Interlagos. O casal de Marabá (PA) acompanhava pela primeira vez o Grande Prêmio de São Paulo, e brincou com a rivalidade: ele usava um boné da Ferrari, enquanto ela usava um da McLaren.
“Estar aqui já é uma emoção grande. A gente acompanha desde pequeno”, contou Ramon. “Este busto é muito representativo. Ele olhando para a pista, lembrando o legado.”
Apesar da fila, o casal esperou pouco tempo para as fotos – “uns dez minutinhos”, segundo ele. E a experiência ajudou na construção de uma lembrança feliz sobre a F1.
“A primeira memória é da morte do Senna. A gente tinha quatro anos. Lembro do meu pai desligando a TV e indo chorar na cozinha”, descreveu Luana.