O Grande Prêmio da Itália foi a primeira corrida disputada por Nyck de Vries na Fórmula 1, e o holandês não tem do que reclamar: a bordo de uma Williams, estreou na categoria somando dois pontos, graças ao nono lugar em Monza.

De Vries foi escalado no sábado (10) pela manhã para substituir Alexander Albon, hospitalizado com diagnóstico de apendicite. O holandês, reserva da Mercedes e da própria Williams, havia participado na sexta-feira (9) do primeiro treino livre com a Aston Martin.

Para o piloto, a sensação ao fim da programação em Monza não poderia ter sido melhor. “Foi um ótimo dia para a equipe e, ainda que as punições no grid tenham jogado a nosso favor, definitivamente, fizemos uma ótima corrida, então estou feliz por todo mundo na equipe e por mim”, disse De Vries, candidato a uma vaga na Williams em 2023 como possível substituto de Nicholas Latifi.

“Espero ter uma oportunidade no ano que vem, mas isto já é definitivamente uma sonho realizado. Estou muito impressionado com o que conseguimos fazer em tão pouco tempo, então vou aproveitar isso agora”, acrescentou.

Com o nono lugar, De Vries igualou o melhor resultado da Williams no ano – no GP de Miami, Albon já havia conquistado o nono lugar. Para o estreante, que ficou em 13º lugar no Q2 do sábado e largou em oitavo após as punições a boa parte do grid, boa parte do desempenho foi construído já no começo da corrida.

“Acho que foi crucial ter uma boa largada e uma primeira volta limpa (...). O ritmo era muito bom e fizemos uma boa aposta na estratégia e no gerenciamento de pneus”, analisou o holandês, que foi eleito piloto do dia em votação dos fãs. “(O prêmio de) piloto do dia me deixou feliz, e estou muito satisfeito e grato por ter tido essa oportunidade e conseguido agarra-la com as duas mãos.”

Estratégia

A Williams estava otimista com o GP da Itália e adotou uma estratégia de apenas uma parada para De Vries na corrida. O holandês largou com pneus macios e entrou nos boxes na volta 19 para colocar pneus médios, que foram mantidos até o fim. No fim, o nono lugar rendeu elogios do time ao piloto.

“Nyck fez uma excelente corrida e foi capaz de defender quando necessário, além de manter uma pressão constante sobre os carros à frente. Demos a ele uma estratégia ambiciosa que levaria seus pneus macios e médios ao limite”, avaliou Dave Robson, diretor de performance da Williams.

“O safety car no fim ofereceu alguma proteção nas voltas finais e também o ajudou a gerenciar um disco de freio dianteiro quente. No entanto, ele se colocou nessa posição pilotando extremamente bem, gerenciando a largada e o pit stop com habilidade, e lutando muito com um carro que ele havia pilotado apenas por 34 voltas na véspera”, acrescentou.