A temporada 2022 da Fórmula 1 vem mostrando uma Ferrari cada vez mais empenhada em sabotar o próprio trabalho. A avaliação foi feita pela equipe de transmissão da categoria após o Grande Prêmio da Hungria deste domingo (31).
Carlos Sainz largou a segunda posição e terminou em quarto, enquanto Charles Leclerc saiu do terceiro lugar e chegou em sexto. Apesar de terminarem fora do pódio, os dois pilotos do time italiano chegaram a liderar a corrida em Hungaroring.
O narrador Sergio Maurício classificou a situação da escuderia como “autofagia” e “desestratégia”. “Ela começou há algum tempo isso, mas vem se aperfeiçoando”, concordou o comentarista Reginaldo Leme.
Para Max Wilson, a Ferrari conseguiu um pacote competitivo para a temporada. No entanto, peca nas estratégias das corridas e se complica sozinha na briga por títulos.
“É muito esquisito, porque a Ferrari conseguiu a coisa mais difícil: tem um carro competitivo, que não tinha há muito tempo, tem um motor competitivo, tem dois excelentes pilotos. Mas na coisa que é menos difícil, ou muito mais simples que ter um carro competitivo, que é a parte da estratégia, toda corrida - ou a cada duas corridas - eles cometem erros muito básicos”, disse Max.
“Concordo que a Ferrari tem que se mexer, já deveria ter se mexido nesse sentido. Não é a primeira vez, nem segundo, nem terceira que eles cometem erros muito básicos”, acrescentou.
Verstappen rumo ao bicampeonato
Com 80 pontos de vantagem (258 a 178) para Charles Leclerc no Mundial de pilotos, Max Verstappen vai se aproximando do segundo título na Fórmula 1. Para Sergio Maurício, a nove corridas do fim da temporada, a situação do monegasco já é muito complicada.
“Oitenta pontos, e o Max Verstappen vai marcar alguns ainda na próxima metade da temporada. Então acho que o bicampeonato está bem desenhando para a Red Bull”, apontou.
Reginaldo disse ser “cedo” para colocar o campeão de 2021 entre os maiores da história da F1, mas também vê o título dele mais próximo. “Está caminhando para ser bicampeão, sem dúvida”, declarou.