O Grande Prêmio da Holanda, que marca a retomada da temporada 2023 da Fórmula 1, deve ser marcado pelo elevado grau de exigência dos pneus.
É o que garante Mario Isola, diretor de motorsport da Pirelli, fornecedora oficial dos compostos da categoria. Para o dirigente, as características do circuito de Zandvoort aumentará o desafio de pilotos e equipes na administração dos pneus ao longo do fim de semana.
“A segunda metade da temporada começa com uma corrida única. O GP da Holanda acontece em Zandvoort: uma das pistas tradicionalmente mais exigentes da temporada, que voltou ao calendário da Fórmula 1 há três anos na onda de todo o apoio local a Max Verstappen, que retribuiu amplamente seus fãs com duas vitórias nas duas últimas corridas”, afirmou Isola, lembrando as vitórias em casa do bicampeão em 2021 e 2022.
“É uma pista muito sinuosa, com duas curvas inclinadas – curva 3 e curva 14 – que são mais íngremes do que Indianápolis, a título de comparação. Em curvas como essa, o desgaste dos pneus é maior do que seria em curvas normais, já que as forças verticais aumentam com as velocidades muito mais altas”, completou.
Para a etapa na Holanda, a Pirelli vai fornecer uma lista de pneus considerados duráveis a pilotos e equipes: C1 (branco, duro), C2 (amarelo, médio) e C3 (vermelho, macio). A combinação já foi usada em 2022, mas o C1 da última temporada não corresponde à composição do C1 atual – o pneu mais duro de 2023 é o C0.
A expectativa, segundo Mario Isola, é de alternativas nas estratégias. “No ano passado, em uma corrida que foi caracterizada por duas neutralizações por safety car, nada menos que 14 pilotos – incluindo os três primeiros – usaram os três compostos, ressaltando a grande variedade de opções disponíveis para os estrategistas nos boxes”, analisou.