O Grande Prêmio da Espanha deste final de semana reserva uma novidade aos pilotos: o fim de uma chicane depois da curva 13, que era utilizada desde 2007. Com uma curva aberta à direita no mesmo ponto, a tendência é que o final da volta seja mais veloz.
A mudança deixou o traçado com 4,657 quilômetros, 18 metros mais curto que a versão anterior. E antes das atividades na pista, os pilotos se mostram animados com o novo desenho.
“Eu pilotei o novo layout no simulador – e acho que Alonso deve ser o único piloto que se lembra dele do passado. A última chicane se foi, o que significa que a volta será muito mais rápida do que nos últimos anos. Não estou seguro de que isso facilitará as ultrapassagens e criará mais oportunidades, mas estou a fim de ver”, afirmou Yuki Tsunoda, piloto da AlphaTauri.
“Ter duas curvas rápidas no fim da volta pode afetar o desgaste dos pneus, que é sempre alto por aqui, então isso vai demandar uma abordagem diferente. Mesmo se o desgaste for menor que do último ano, em qualificações no passado, nossos pneus não aguentavam até o final da volta – mas as novas curvas, mais rápidas, podem significar menos exigência de tração nas curvas. Vamos esperar para ver”, completou.
O tom é semelhante ao de Nyck de Vries, também da AlphaTauri. “Eu gosto muito dessa etapa e da pista, e estou ansioso para pilotar no novo traçado, através das últimas curvas – ainda que, é claro, este seja o traçado antigo. É um bom grande prêmio, e o fato de ser tão próximo de Barcelona faz com que o público aproveite a cidade, assim como a corrida”, concordou o holandês.
‘Uma culinária ótima’
A possibilidade de aliar o fim de semana de corrida ao turismo em Barcelona também foi lembrada por Nico Hulkenberg. O alemão da Haas alertou para o desgaste físico do traçado sem a chicane, mas fez uma avaliação positiva da mudança.
“É um treinamento duro para o pescoço, especialmente com o traçado revisado do circuito, com as duas últimas voltas retomando a configuração antiga. Isso significa que ela é mais rápida. (O circuito) é menos de baixa velocidade agora, porque a última chicane em baixa velocidade foi cortada. Acho que a velocidade média vai aumentar um pouco, saindo de um circuito de média velocidade para uma um de alta, e isso é definitivamente mais exigente”, afirmou Hulkenberg.
“Obviamente, Barcelona é um lugar que conhecemos muito bem do passado, com todos os testes de inverno (pré-temporada) feitos ali. Sinto que fiz um milhão de voltas ali. Estou ansioso para explorar o último setor. Barcelona é uma cidade legal, tem uma culinária ótima, então não posso reclamar de viajar para lá”, completou.
Companheiro do alemão na Haas, Kevin Magnussen mostra otimismo com as possibilidades que a volta do layout com as curvas finais deve oferecer.
“Acho que será empolgante experimentar o layout sem a chicane. Sempre pareceu uma ótima sequência de curvas – as duas últimas curvas – sendo em alta velocidade. Vamos ver o que isso faz pelas ultrapassagens. Tenho a sensação de que será um pouco melhor para ultrapassar, mas o tempo irá mostrar”, analisou o dinamarquês.