O Grande Prêmio da Cidade do México terá os mesmos tipos de pneus que foram utilizados no GP dos Estados Unidos do último final de semana: C2 (branco, mais duro), C3 (amarelo, médio) e C4 (vermelho, mais macio). Mas isso não quer dizer que os desafios das equipes com os compostos serão parecidos nas duas provas.
É o que garante Mario Isola, diretor de motorsport da Pirelli, fornecedora oficial de pneus da Fórmula 1. Para o dirigente, as duas pistas têm exigências diferentes, o que irá levar os compostos a diferentes situações e desgastes.
“Ao longo de uma temporada, nossos pneus precisam lidar com uma ampla variedade de condições, dependendo das características individuais de cada local. Se você olhar para as duas últimas corridas, Suzuka foi sobre forças laterais e Austin foi bem equilibrado aerodinamicamente, mas o México neste fim de semana se concentra em tração e frenagem”, disse Isola.
“O circuito de Hermanos Rodriguez não oferece muita aderência e as demandas de energia dos pneus são razoavelmente baixas, já que os carros não geram muita pressão aerodinâmica no ar rarefeito em alta altitude, especialmente em curvas lentas”, completou.
O retrospecto recente da prova também não deve dar muitas pistas para as equipes. O GP do México ficou fora do calendário de 2020 por causa da pandemia da covid-19, voltando em 2021; para 2022, será a prova será impactada pelo novo regulamento aerodinâmico da F1.
“Este ano, o circuito pode ser mais limitado à dianteira, já que a geração atual de carros tende a sair de frente em curvas lentas – o que o México tem em abundância – e isso pode levar os pneus dianteiros a deslizarem mais. Devido à natureza do local, o circuito tende a apresentar uma superfície empoeirada com bastante evolução da pista. Compreender isso e acertar o aquecimento do pneu é provavelmente a chave para o sucesso”, acredita Mario Isola.