A volta do Grande Prêmio da Austrália ao calendário da Fórmula 1 trará a equipes e pilotos uma preocupação: o asfalto de Albert Park. Por isso, os pneus terão grande importância na etapa deste final de semana.
Fora das temporadas de 2020 e 2021 em decorrência da pandemia da Covid-19, o circuito de Melbourne voltou remodelado à categoria. Além de mudanças no próprio traçado, com sete curvas modificadas e duas removidas, a pista também ganhou um novo asfaltamento.
O objetivo foi reduzir as ondulações da pista, já que o grande prêmio é disputado em instalações provisórias. A Pirelli, fornecedora de pneus da Fórmula 1, espera um asfalto novo com pouca aderência e desgaste moderado. A previsão é de uma superfície escorregadia, especialmente nos treinos livres de sexta-feira (8) e em caso de chuva.
“Em comparação com ocasiões anteriores, e com os pilotos que não correram lá por duas temporadas, este ano há algumas incógnitas no GP da Austrália. Em primeiro lugar, o layout do circuito foi fortemente revisado para melhorar as ultrapassagens e, como resultado, há também asfalto novo que deve ser bastante liso. Isso significa que a pista provavelmente oferecerá níveis muito baixos de aderência no início, com um alto grau de evolução esperado no fim de semana e uma superfície extremamente escorregadia se chover”, analisou Mario Isola, gerente mundial de automobilismo da fabricante.
“Também iremos para Melbourne algumas semanas depois em comparação com as temporadas anteriores, quando o outono já começou no hemisfério sul, então as condições podem ser mais variáveis. Por último, mas não menos importante, há uma geração completamente nova de carros e pneus que os pilotos ainda estão tentando aprender. Todos esses fatores significam que haverá muito trabalho a fazer para equipes e pilotos nas sessões de treinos livres”, projetou.
Para a etapa da Austrália, a Pirelli inovou na escolha de pneus, com uma diferença maior entre os médios e os macios. O pneu branco (duro) será o C2, o pneu amarelo (médio) será o C3 e o pneu vermelho (macio) será o C5, sem utilização do composto C4.
Em 2019, a fabricante havia escolhido os compostos C2, C3 e C4, mesma indicação que seria utilizada no cancelado GP de 2020. Será a estreia do C5 em 2022.
“Decidimos optar por um intervalo nas indicações de compostos, porque percebemos que havia uma diferença de desempenho relativamente pequena entre os compostos C3 e C4 durante os testes de desenvolvimento e acreditamos que Albert Park - com seu novo asfalto e layout - é um bom lugar para experimentar esta opção”, explicou Mario Isola.
