Gabriel Leone não tinha completado um ano de vida quando Ayrton Senna sofreu o acidente que o levou à morte, em 1994. O ator, que interpreta o ídolo da Fórmula 1 na série "Senna", falou em entrevista à jornalista Flávia Guerra sobre "grandeza" da obra da Netflix e como teve noção da representatividade que o piloto tinha para o Brasil.
"Mesmo não tendo acompanhado, eu tenho dentro de mim a idolatria. Tenho dimensão do que o Ayrton representa para o povo brasileiro. Mas é muito maior que o Brasil, ele é idolatrado na Itália, Japão, França, no mundo inteiro. Até hoje não se fala de Fórmula 1 sem falar do Ayrton", disse Leone.
A série "Senna”, que teve seus seis episódios disponíveis na última sexta-feira (29) na Neftlix, contou com pelo menos R$ 250 milhões investidos, 15 mil pessoas envolvidas, entre equipe técnica, elenco, coadjuvantes, pós-produção, sendo 231 delas no elenco babélico, em 325 diárias.
"Eu não podia estar mais feliz. Com a equipe e elenco dos sonhos, contanto a história do jeito que ela tem que ser contada", frisou o ator.
Interpretar um ídolo
Gabriel Leone faz parte de uma geração que não viu Ayrton Senna nas pistas, mas ouviu falar, e muito, do ídolo brasileiro. Um piloto, três vezes campeão mundial, que fazia todo um país levantar cedo aos domingos para o ver correr.
O ator reflete sobre a importância de Senna para o Brasil num momento politicamente delicado.
"O Brasil tava quebrado na época que o Senna corria, um período muito difícil para o povo brasileiro, nível de miséria e pobreza muito grande. Mesmo com a realidade muito dura, o Brasil voltou a ter todo domingo um motivo para sorrir. Era isso que ele representava, o orgulho de ser brasileiro, o amor que ele tinha pelo Brasil, e o orgulho de levar as cores e erguer a bandeira", contou.
Leone completa dizendo que foi pelo entorno da família e do país que o fizeram entender, ainda pequeno, o tamanho da figura de Ayrton Senna: "Isso tá em todo brasileiro, de como o Ayrton nos representava, e segue representando".