Para conquistar o título da temporada 2022 da Fórmula 2 neste sábado (10), Felipe Drugovich precisou ter um dia de torcedor.
Líder da classificação com 233 pontos, o brasileiro da MP Motorsport abandonou a corrida sprint da etapa de Monza (Itália) logo na primeira volta, depois de um toque de Amaury Cordeel (Van Amersfoort). A partir daí, dos boxes, assistiu torcendo contra seu único rival na briga pelo título, o francês Théo Pourchaire (ART Grand Prix).
Como espectador, viu Pourchaire ter problemas e terminar a prova na 17ª colocação. Como nenhum dos dois pontuou, Drugovich manteve os 69 pontos de vantagem para o francês (233 a 164), que pode conquistar apenas 65 nas três últimas corridas do ano.
No papel de torcedor, porém, o piloto paranaense conseguiu manter a calma. “Estava (nervoso), mas no final das contas, não ia mudar nada ficar nervoso ali. A gente só tinha que aproveitar o momento mesmo. Eu iria aproveitar mais se estivesse na pista, mas de qualquer forma, é bom demais”, disse Drugovich em entrevista ao Bandsports.
O abandono na largada foi o segundo do brasileiro no ano – na corrida sprint de Monte Carlo (Mônaco), ele recolheu após ter problemas com os pneus e sofrer uma punição por excesso de velocidade no pit lane. Assim, nem mesmo o primeiro acidente da temporada foi capaz de diminuir a felicidade do novo campeão.
“Isso aqui é um sonho para mim. Acho que todo mundo que começa (no automobilismo), principalmente no Brasil, tem o sonho da Fórmula 1, mas na hora que você vê a dificuldade que é isso, você vê o que é difícil conseguir um título desse tipo aqui, é uma coisa absurda. Sou muito grato a todo mundo que me ajudou. Obrigado, Brasil, pela torcida”, comemorou.
“Tive uma largada até bastante segura, digamos assim. O pessoal não deixou espaço, uma pena por isso. Mas de qualquer forma, acho que foi o primeiro acidente do ano. Então, foi o que foi, e a gente está feliz demais”, acrescentou.