A chegada de Adrian Newey à Aston Martin pode mudar o patamar da equipe na Fórmula 1 – mas não imediatamente.
A avaliação é de Felipe Giaffone, comentarista do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Para ele, a contratação do projetista indica ambições por parte da equipe de Lawrence Stroll, que busca mais uma peça importante para brigar pelas primeiras posições.
“Eu acho que ele pode bater o martelo aí: daqui alguns anos, acho que a Aston Martin vem para ficar. Não vem para ganhar tudo. Não estou falando de 2025 - para mim, é mais 2026, já que ele vai demorar para desenvolver, vai focar no regulamento de 2026. Mas acho que a Aston Martin já vai entrar – se o motor estiver competitivo, o que tudo indica que sim – para ser uma grande equipe”, afirmou Giaffone, lembrando que a Aston Martin passará a correr com motores Honda em 2026, quando a F1 adotará um novo regulamento.
Ainda segundo o comentarista, a contratação de Newey “mostra que o Lawrence Stroll não está de brincadeira mesmo” à frente da equipe que leva o nome da marca britânica.- desde 2020, o bilionário canadense é presidente e acionista da fabricante.
“Ele entra, no meu ponto de vista, não só para melhorar e fazer um bom carro de F1, mas também para fazer carros especiais para a Aston Martin, visto que ele já fez isso na própria Red Bull. Acho que é uma contratação muito bacana, e tenho certeza de que a Aston Martin vai começar a se firmar entre as três, quatro equipes tops a partir de 2026”, acredita Felipe Giaffone.
Adrian Newey passou por equipes como Leyton House, Williams e McLaren, chegando à Red Bull em 2006. Ao longo da carreira, foi responsável pelos carros que conquistaram 25 títulos mundiais na F1, sendo 12 de pilotos e 13 de construtores. Seu nome era especulado na Ferrari, mas a Aston Martin levou a melhor sobre a rival italiana.
“A entrada do Adrian Newey na Aston Martin, para mim, não é nenhuma surpresa. Para mim é o lugar que era tendência mesmo – especulava-se muito de Ferrari, mas acredito que ele hoje está no nível de um desafio diferente”, afirma Felipe Giaffone.
“Não está numa idade em que não gostaria de se mudar para a Itália – ele é inglês, a Aston Martin fica ali perto (em Silverstone). E ele já mencionava que gostaria de montar uma equipe de engenheiros da qual ele conhece”, acrescentou.