Reserva da Aston Martin desde o ano passado, Felipe Drugovich rebateu críticas de que poderia estar velho para seguir insistindo por uma vaga de titular na Fórmula 1. Em conversa com a imprensa nesta quinta-feira (31), no Autódromo de Interlagos, antes do GP de São Paulo, o brasileiro de 24 anos citou conversas com a Sauber e explicou por que não migrou para outras categorias, apesar das propostas.
“Nem olho muito para esse lado [de estar ficando velho], olho muito para o lado pessoal. Acho que, em termos técnicos, ainda estou no meu auge. Hoje em dia a gente nem sabe quando vai começar a perder performance, você vê o próprio Fernando Alonso [43 anos]. Só estou crescendo por enquanto e tenho muito a dar ainda para a Fórmula 1”, disse o piloto.
Não é a relação com a equipe [que o fez seguir na F1 e negar propostas de outras categorias], é sobre estar tentando entrar na Fórmula 1 há 16 anos. Desde que comecei no kart, tudo que eu fiz é para estar na Fórmula 1 - Felipe Drugovich.
Drugovich ainda afirmou não ter “medo de perder oportunidades” em outras categorias por estar lutando pelo seu sonho. “Muita gente diz que é errado, mas ninguém se coloca na minha posição. Eu estou há 16 anos lutando por isso e não vou abrir mão”.
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Felipe Drugovich também confirmou que teve conversas com a Sauber, equipe que está na lanterna da F1 e chega ao GP de São Paulo em meio a mudanças e buscando definições para 2025.
O piloto brasileiro, porém, afirmou não focar na possibilidade de ingressar na Sauber, afinal há uma lista de pilotos na disputa. “Não sei se vai rolar ou não, tem muitos pilotos falando com eles. Eu e a torcida do Flamengo inteira”, brincou.
“Não é meu foco principal. Tudo é uma questão mental. Se eu ficasse contando com isso [vaga na Sauber] o tempo inteiro, eu não estaria bem para fazer um trabalho ideal aqui como reserva”, disse. “Lógico que tenho que tentar ter outras opções fora daqui [Aston Martin], mas ao mesmo tempo não é meu foco principal”, acrescentou.
A Sauber ainda não definiu a dupla de pilotos para 2025. Nico Hulkenberg, atualmente na Haas, já foi contratado, mas o time ainda busca um segundo piloto.
Nomes como Valtteri Bottas, Gabriel Bortoleto, Franco Colapinto, Guanyu Zhou, Sebastian Vettel, Mick Schumacher e Théo Pourchaire são cotados. O site F1 Chronicle informa que Kevin Magnussen, também da Haas, é mais um avaliado pela escuderia.
Opções para 2025
O nome de Felipe Drugovich ainda foi cotado em outras equipes. No final de agosto, o brasileiro foi especulado como potencial substituto de Logan Sargeant na Williams, em uma vaga que ficou com o argentino Franco Colapinto. No entanto, o rumo não mudou a rotina do paranaense.
“Com a Williams, não foi um quase. A gente teve um contato, algumas conversas, mas desde o começo a gente viu que não era a intenção deles. Acho que eles fizeram o certo, colocaram alguém da academia de pilotos deles. Então, não foi uma conversa tão avançada assim, uma coisa muito básica”, explicou.
Agora, os rumores envolvem uma possível substituição na Red Bull, onde poderia assumir a vaga de Sergio Pérez na briga do time pelo título do Mundial de construtores.
“Por enquanto, não é o meu foco. Espero que todas as equipes continuem trazendo a filinha da academia de pilotos. Eu acredito aqui também, ou pelo menos no mundo Mercedes. Então, acho que não é uma coisa que eu estou olhando. Nós tivemos um contato com a Red Bull, mas muito no passado”, acrescentou.
Entre Aston Martin e outras equipes, Felipe Drugovich tem futuro incerto para 2025. O brasileiro chegou a ser cotado em categorias como a Fórmula E e a Indy para 2024, mas acredita que acertou em ficar na F1.
“Diferente do que muitos pensam, o sonho da Fórmula 1 ainda é vivo. Não só dentro de mim, mas na equipe também. Acho que, se eu quiser ir para a Fórmula E ou para a Indy em algum momento, acho que essa chance que eu tinha no ano passado não mudou até agora. Provavelmente, se eu fosse e tirasse um pouco o pé da Fórmula 1, isso ia ser uma coisa que ia me dificultar no futuro, caso venha a chance”, analisou.
“Então, acho que fiz certo de me manter aqui mais um ano. Olhando para o ano que vem, não sei qual é o caminho que eu vou tomar, se eu vou continuar focado aqui, se eu vou para outra coisa. Dá para fazer os dois também, não sei ainda. Mas, no momento, foi o certo”, completou.
Programação do GP de São Paulo de F1
Sexta-feira, 1º de novembro
Sábado, 2 de novembro
Domingo, 3 de novembro