Os livros de cabeceira do estudante Fabrício Ferreira não deixam dúvida: o garoto é apaixonado por carros, por automobilismo, por velocidade. Uma rotina praticamente toda dedicada ao esporte a motor.
“As ultrapassagens do Hamilton, eu choro. Eu fico ‘vidraçado’ na TV, fico vidrado lá assistindo. Até puxo os cabelos”, conta.
Mas além de Lewis Hamilton, há um tricampeão da Fórmula 1 que mexe demais com o Fabrício. A admiração por Ayrton Senna é tão grande que virou até inspiração para um livro, que ele teve a ideia de escrever depois de um sonho.
“A gente estava no autódromo de Interlagos e ele me deu o capacete dele. A gente apostou uma corrida - ele com o carro do Prost eu com o dele. Eu ganhei uma corrida, ele ganhou outra”, descreve. “Eu não queria nem ter acordado nesse dia, que foi tão real, sabe?".
A verdade é que a vida do garoto de 13 anos, assim como a do Senna, teve vários capítulos de superação. O maior deles veio logo em seus primeiros dias de vida, e é relatado por um pai orgulhoso.
“O Fabrício nasceu de seis meses e meio, prematuro, 28 semanas, com 800 gramas, e ficou na incubadora. Aí eu pedi para fazer uma plaquinha com o nome dele, e essa plaquinha ficou lá os 97 dias de UTI”, conta o pai, Marcelo Leone Ferreira. “Tanto é que, no hospital, todo mundo conhecia ele como Fabrício e como presidente”, lembra.
Hoje, o presidente se diverte. Brinca com suas miniaturas sabendo que um dia estará a bordo de uma delas, só que em tamanho real. Na garagem de casa, um VW Fusca de verdade espera apenas para que o garoto tenha habilitação para dirigir.
"Um carro que é muito importante para mim é o Fusca. Eu ganhei um Fusca do meu pai quando eu nasci, e eu gosto muito de Fuscas. O Fusca é o carro do povo né, um carro muito querido pelo brasileiro", elogia.
Por isso, o Band Esporte Clube resolveu levar o Fabrício até a Band. Afinal, além de fã de Hamilton (com direito a macacão de corrida) e de Senna, ele venera adora os profissionais que cobrem o automobilismo na casa. E antes da gente ir bater um papo com eles, Fabrício se diz muito feliz com a oportunidade.
Fabrício foi recebido por Sergio Mauricio, Reginaldo Leme e Felipe Giaffone. Tirou fotos, visitou a cabine de transmissão, viu equipamentos e até ganhou uma ficha usada pela equipe. Dos bastidores, viu todo o trabalho da cobertura do GP da Espanha.
A torcida do Fabricio, claro, era toda pelo Hamilton. Até que veio um susto: o britânico se envolveu em um acidente com a Haas de Kevin Magnussen.
No final, o britânico fez uma corrida de recuperação que lhe garantiu o quinto lugar, mas segue distante dos líderes na busca pelo título. Mas desta vez, o Fabrício nem ficou tão preocupado assim com o resultado.
“Eu estou muito feliz de estar aqui. Um dia eu quero estar aqui comentando a Fórmula 1. Esse também é o meu maior sonho", afirmou.