Retorno do GP da Malásia à F1 é 'questão de tempo', garante dirigente

Para presidente da Associação de Automobilismo da Malásia, realização da prova depende apenas de questões financeiras

Da redação

O retorno do Grande Prêmio da Malásia ao calendário da Fórmula 1 é “questão de tempo”, garantem as autoridades locais – que, no entanto, não divulgam uma expectativa exata para a volta do circuito de Sepang ao calendário da categoria.

Segundo o presidente da Associação de Automobilismo da Malásia, Mokhzani Mahathir, a principal dúvida diz respeito ao financiamento da uma prova da F1 no país.

“É uma questão de quem vai pagar e se podemos ou não bancar”, disse o dirigente, em entrevista ao jornal malaio New Straits Times. “Não tenho ideia de quais seriam (os custos) agora, mas definitivamente são maiores do que quando deixamos (a F1).”

A Malásia recebeu a Fórmula 1 de 1999 a 2017, sempre em Sepang, mas deixou de renovar o contrato desde então por questões financeiras. Porém, para Mahathir, a presença de Sepang na categoria é uma possibilidade defendida até pelos pilotos.

“Temos comentários dos próprios pilotos, que dizem que Sepang é uma das pistas desafiadoras que eles queriam ver de volta ao calendário”, diz o dirigente. “Temos uma boa relação com os organizadores, conhecemos eles desde 1996, quando começamos a discussão sobre receber uma corrida. Então, (a volta da F1) é questão de tempo.”

Sepang recebeu a F1 de 1999 a 2017 (Imagem: Sepang Circuit/Divulgação)

Ainda de acordo com Mahathir, um obstáculo para o retorno da Malásia à Fórmula 1 é a recente explosão de popularidade da categoria. Mesmo com 23 corridas no calendário de 2023, a categoria conta com diversas cidades interessadas em eventuais provas.

“A Fórmula 1 está mais popular do que costumava ser, tem uma nova audiência depois da série Drive to Survive da Netflix, com um monte de países se candidatando a receber corridas como um posicionamento”, analisou.

Resistência local

Apesar do apoio de Mokhzani Mahathir, a volta do Grande Prêmio da Malásia não é uma unanimidade local.

Em setembro, o diretor-executivo do circuito de Sepang, Azhan Shafriman Hanif, informou que a realização da prova não seria avaliada enquanto a economia malaia não se encontrasse em uma situação melhor.

“Nesta conjuntura, a resposta é não”, disse, segundo o site Motorsport Week. “Não neste momento”, acrescentou.

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