O atual momento da Mercedes na Fórmula 1 é o pior da equipe em anos.
Nas duas corridas mais recentes da temporada, em Mônaco e no Azerbaijão, a Mercedes não colocou nenhum piloto no pódio. Em Monte Carlo, Lewis Hamilton foi apenas o sétimo colocado. Em Baku, nenhum dos dois pilotos pontuou.
A situação é relativamente nova para o time alemão. A partir de 2014, com a adoção de motores turbocomprimidos V6, o time jamais passou duas corridas consecutivas sem ir ao pódio – não por acaso, conquistou todos os títulos de pilotos e construtores no período.
A última vez que a Mercedes viu tal cenário foi em 2013, na era de motores V8, quando Sebatian Vettel venceu o Mundial de pilotos e a Red Bull levou o de construtores. A equipe alemã fechou aquela temporada fora do pódio nas duas últimas provas do ano - Estados Unidos e Brasil. Naquele ano, porém, o time conseguiu colocar um piloto entre os três primeiros em apenas nove corridas, de um total de 19.
Entre 2014 e 2020, a Fórmula 1 realizou 138 corridas, e a Mercedes não esteve no pódio em apenas 11:
- Hungria, 2015
- Singapura, 2015
- Espanha, 2016
- Mônaco, 2017
- Áustria, 2018
- México, 2018
- Alemanha, 2019
- Singapura, 2019
- Brasil, 2019
- Itália, 2020
- Sakhir, 2020
- A seca atual é pequena, mas preocupa. Após o GP do Azerbaijão, o chefe de equipe da Mercedes, Toto Wolff, classificou o desempenho como “inaceitável”. E reconheceu o momento atual como “o mais difícil” desde que ele chegou à escuderia, em janeiro de 2013.
- “Nós precisamos dar nosso melhor para lutar por esse campeonato, e nosso carro não esteve à altura durante todo o fim de semana. Operacionalmente, precisamos de um desempenho impecável, e nenhum de nós fez isso nos dois finais de semana”, criticou Wolff, segundo o site oficial da Fórmula 1.
- A próxima etapa da temporada é o GP da França, entre os dias 18 e 20 de junho. Com a Red Bull liderando o Mundial de construtores e Max Verstappen em primeiro lugar no de pilotos, Toto Wolff quer iniciar a reação o quanto antes.
“Esta é uma equipe é muito forte”, afirmou. “Vamos transformar a raiva em uma força positiva. Somos guerreiros e vamos dar a volta por cima.”