FIA quer divulgar limite de peso de carros da F1 para 2026 com antecedência

Ideia é evitar pressões da equipes contra iniciativa de deixar carros mais leves

Da redação

O peso dos carros se tornou um tema recorrente de debate na Fórmula 1. E, em especial, de olho na mudança do regulamento de 2026.

A massa dos carros saltou de 585 kg em 2008 para 798 kg em 2023 – valores empurrados para cima, principalmente, pela adoção de unidades de potência híbridas que incluem baterias pesadas, assim como novas estruturas de segurança.

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) já indicou que pretende reduzir o limite a partir de 2026, baixando o peso dos carros em pelo menos 40 kg. Segundo o site Motorsport.com, a ideia é declarar um valor com antecedência, para facilitar o cumprimento da exigência, com foco principalmente nas dimensões de carros e rodas.

A tendência é que as equipes pressionem por um aumento do limite de peso, o que facilitaria a adoção de novos equipamentos – inclusive material de segurança. Mas a FIA já adianta que pretende antecipar o limite justamente para rechaçar eventuais pressões dos times.

“Será um desafio para as equipes alcançar o peso baixo”, afirmou Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, ao site. “Mas vamos nos ater ao limite de peso que vamos impor, e não iremos aumenta-lo de novo.”

De acordo com Tombazis, “as equipes não terão moleza” na questão. “Elas simplesmente terão que correr atrás para reduzir o peso”, completou.

A possibilidade de eliminação do limite do peso mínimo diante de requisitos rigorosos de crash tests não agrada Tombazis. Para o dirigente, a alternativa poderia iniciar uma disputa de gastos na qual equipes concentrariam muitos recursos na busca por componentes leves – o que levaria a um aumento de custos da categoria.

“Acreditamos que livrar-se dele completamente seria criar uma batalha sem fim para reduzir o peso. Isso pode ter algumas consequências imprevistas”, explicou. “Então o que estamos colocando para 2026 será um limite de peso que depois não vai mudar.”

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