Gerhard Berger acredita que Max Verstappen pode ser um piloto melhor do que Ayrton Senna foi. O austríaco, que foi companheiro de Senna, na McLaren, entre 1990 e 1992, explicou que o motivo por trás disso pode ser quantidade de horas que o atual campeão da F1 passa no simulador, recurso que não existia na época do ídolo brasileiro.
A revelação foi feita pelo entrevistador oficial da F1, Tom Clarkson, em participação ao podcast pelas pistas, comandado por Christian Fittipaldi, Nelson Piquet Jr e o jornalista, Thiago Alves.
“Tive uma conversa muito interessante com Gerhard Berger sobre Max. Eu estava entrevistando-o em sua casa na Áustria e ele tem um quarto com todas as suas recordações de corrida, e o único capacete de um piloto que ele tem, além do seu, é de Max Verstappen".
“Então isso chamou minha atenção e eu disse ‘Por que Max?’ e ele disse ‘Acho que Max é inacreditável’ e então disse: ‘Na verdade, acho que ele pode ser melhor que Ayrton’".
“Então ele disse: ‘Não é uma questão de talento, não acho que Max seja mais talentoso, é o simulador de corrida. Não era uma opção para Ayrton, mas se você é um piloto de corrida e todos os dias você inicia uma corrida e todos os dias você está no simulador, exercitando repetição e memória muscular, você se tornará um piloto de corrida melhor, assim como Max faz. Então ele acha que isso lhe dá vantagem sobre Senna'".
Senna e Berger foram companheiros na McLaren entre 1990 e 1992 e eram tidos como bons amigos. Eram comuns as pegadinhas entre os dois. O único momento de atrito entre a dupla foi quando Senna deixou Berger passá-lo na linha de chegada do GP do Japão de 1991, cumprindo um trato que havia feito com Ron Dennis. O momento escolhido por Ayrton acabou irritando o austríaco, mas a situação foi resolvida entre os dois.