Segundo o pai de Gabriel Bortoleto, Lincoln Oliveira, foi o ex-chefão da F1, Bernie Ecclestone, que indicou o piloto brasileiro ao chefe da Sauber, Mattia Binotto. A indicação teria vindo antes mesmo do fim da temporada da F2, quando Gabriel assegurou o título da principal categoria de base do automobilismo mundial.
“Oi, tudo bem. Como vai? Olha, eu gosto muito do Gabriel, estou acompanhando ele e vou dizer (ao Binotto) que ele está pronto para a Fórmula 1”, relembra Lincoln sobre o que Ecclestone teria dito.
A decisão em fechar com a Sauber se tornou um dilema, já que Gabriel fazia parte do programa de jovens pilotos da McLaren, atualmente uma equipe muito mais forte e estruturada que a rival suíça. Entretanto, a equipe britânica já estava fechada com Lando Norris e Oscar Piastri para 2025.
“Será que o Norris não vai para algum lugar? Será que o Piastri não vai para outro? E sempre ficou muito claro que ele era, ate então, o próximo da lista (na McLaren)”, admitiu Enzo, irmão de Gabriel.
Trabalho de Alonso também ajudou em busca por vaga na F1
Segundo Lincoln, o espanhol teve papel fundamental para garantir um assento para Bortoleto na Fórmula 1 em 2025. O bicampeão de Fórmula 1 é dono da agência “A14 management”, que cuida da carreira de diversos pilotos, incluido a do brasileiro.
“O trabalho do Fernando Alonso também ajudou!”, disse o pai de Bortoleto.
“Batendo no Mattia, no bom sentido, falando: 'cara, vamos por ele. Em 2026 já é Audi, tem toda uma história nova e é aquele tipo de mudança em que ninguém sabe o que vai acontecer.", explica Enzo sobre o papel de Alonso na negociação com a Sauber.
O próprio Fernando Alonso explicou os motivos pelos quais aposta em Bortoleto.
“Além do talento e da velocidade, me surpreende o quanto ele trabalha. É um menino humilde e sincero. Não está preocupado em ficar aparecendo para os outros, bem diferente dessas novas gerações que vivem em um mundo artificial”, disse Alonso.