Raio X: erros de Norris na liderança do GP de Singapura custaram quase 4 segundos ao piloto

Britânico da McLaren evitou por muito pouco uma batida no muro na volta 29; em outro momento, chegou a acertar a barreira de proteção, porém sem danos ao carro

Norris no GP de Singapura
Norris no GP de Singapura (Foto: Edgar Su/Reuters)

Náo é incomum ver um piloto de Fórmula 1 cometer erros enquanto lideram uma corrida. Algumas vezes o erro pode custar a vitória, enquanto em outras pode ser corrigido com pequena ou nenhuma consequência, caso de Lando Norris em Singapura. O britânico da McLaren errou duas vezes na liderança da corrida do último domingo, nas voltas 29 e 45. E ainda que o Norris tenha tido a sorte de não ter abandonado a prova, os dois momentos custaram quase quatro segundos. 

Segundo o próprio piloto, os erros não foram necessariamente causados por um ritmo forte demais. 

“Não é porque você está necessariamente em um ritmo muito forte. Às vezes pode ser apenas porque você está muito relaxado. Talvez um pouco de ambos. Eu não sei exatamente o que foi. (Apesar da liderança folgada) ainda foi difícil, pois estava fácil travar as rodas, como eu o fiz. Então eu ainda imprimi um ritmo forte por não querer ganhar com apenas um segundo de vantagem. Eu queria vencer com a maior margem possível”, explicou. 

Volta 29

Norris travou as rodas na curva 14, na 29ª volta, e chegou a acertar a barreira muito de leve, sem danos ao carro. Veja no vídeo abaixo:

No comparativo, as linhas azúis mostram o desempenho do de Norris na volta 28, as linhas vermelhas representam a volta 29 (do incidente), enquanto as linhas verdes representam a volta 30.

1. Norris aplica os freios no mesmo ponto em que a volta anterior (volta 28), porém tira menos o pé do acelerador, chegando na curva com mais velocidade quando os freios são aplicados. 

2. Na fase de frenagem, Norris aplica os freios com mais força do que na volta anterior, o que faz com que a roda dianteira esquerda trave, impedindo que o piloto consiga fazer a curva. 

3. Norris precisa usar o curso completo do volante para fazer a curva, o que faz com que sua saída de curva seja lenta, custando 3.5 segundos.

4. Na próxima volta, Norris desacelera mais no mesmo ponto, fazendo com que ele consiga parar o carro com menos pressão nos freio e evitando nova travada de rodas. 
 

Volta 45

Norris acerta a parede lateral na entrada da curva 10, no mesmo ponto em que Russell bateu e abandonou a corrida de 2023 enquanto era o segundo colocado. Por sorte, o carro de Lando não sustenta danos e ele segue na prova. 

No comparativo, as linhas azúis mostram o desempenho do de Norris na volta 44, as linhas vermelhas representam a volta 45 (do incidente), enquanto as linhas verdes representam a volta 46.

1. Talvez distraído com tráfego, com Tsunoda (retardatário) à frente, Norris bate na entrada da curva 10. 

2. O incidente tira Norris do traçado ideal, forçando um linha diferente na entrada da curva 10. 

3. Enquanto ainda tenta entender se houve danos ao carro, o piloto faz as curvas 11 e 12 com cautela e perde ainda mais tempo. 

4. Porém, o incidente não tira a confiança de Norris, que consegue ir mais rápido na volta seguinte. 

Os dois acidentes poderiam ter custado caro a Norris em um cenário mais apertado. Porém, como o piloto mesmo disse, a intenção era construir a maior margem possível, que foi o ele fez ao terminar com quase 21 segundos de vantagem, uma das maiores margens de vitória do ano. A maior pertence ao próprio Norris, ao vencer na Holanda com vantagem de 22.896s para Verstappen. 

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