A Aston Martin ainda não conseguiu brigar entre as principais equipes da Fórmula 1 desde que retornou à categoria como equipe própria em 2021. No entanto, como estratégia de marketing, os resultados da F1 têm sido bastante satisfatórios.
É o que garante Lawrence Stroll, um dos sócios da fabricante de carros de luxo que dá nome ao time. Em entrevista à edição de novembro da revista Maxim, o bilionário canadense se mostrou feliz com o impacto econômico que a equipe tem provocado junto aos consumidores, mesmo que o desempenho na pista não seja competitivo.
“Tendo nascido em uma pista de corrida, o DNA de desempenho corre pelas veias da Aston Martin, e é algo que estamos injetando de novo à marca Aston Martin através de nosso retorno aos Grandes Prêmios. O retorno da Aston Martin à Fórmula 1 tem sido monumental para a marca, com um impacto transformador para nossas credenciais de performance e para a atenção global”, afirmou Stroll.
“Através de nossa equipe e de nosso status como safety car e carro médico da Fórmula 1, temos conseguido expor nosso produto e testar novas tecnologias nos principais circuitos do mundo. A Fórmula 1 tem gozado de tremenda popularidade, particularmente em nossos mercados-chave como Estados Unidos e China, ajudando a amplificar a marca Aston Martin, engajar uma nova geração de consumidores e definindo nossa posição única em busca de alto luxo e alta performance”, completou.
Depois de participações pontuais na F1 em 1959 e 1960 com três pilotos (Roy Salvadori, Carroll Shelby e Maurice Trintignant), a Aston Martin voltou à categoria em 2021 para dar nome à então Racing Point. Sétima colocada no Mundial de construtores da temporada em questão, a escuderia britânica vem repetindo o desempenho em 2022.
Para 2023, o time promoverá uma troca de destaque entre seus pilotos: sai Sebastian Vettel, que se aposenta da F1 no fim de 2022, e entra Fernando Alonso, contratado até o fim de 2024. Sonhando alto para a mudança de regulamento da categoria da F1 a partir de 2026, a Aston Martin agradeceu pelo trabalho do tetracampeão, dentro e fora das pistas.
“Quero agradecer Sebastian do fundo do meu coração pelo ótimo trabalho que ele tem feito pela Aston Martin no último ano e meio. Deixamos claro a ele que queríamos a permanência dele no ano que vem, mas no fim ele fez o que sentiu que era certo para ele mesmo e para sua família, e é claro que respeitamos isso”, disse Lawrence Stroll, explicando o que levou o time a contratar Alonso como substituto do alemão.
“Determinei que trouxéssemos as melhores pessoas e desenvolvêssemos os recursos certos e a organização para sermos bem-sucedidos em um esporte altamente competitivo, e estes planos agora estão ganhando forma em Silverstone (sede do time). Foi natural convidar Fernando Alonso para ser parte do desenvolvimento de um time vitorioso, e nós muito rapidamente estabelecemos em nossas conversas que temos as mesmas ambições e valores, e foi lógico e fácil confirmar nosso desejo de trabalharmos juntos”, concluiu.