Com dois títulos mundiais, em 1972 e 1974, Emerson Fittipaldi se aposentou da Fórmula 1 em 1980. No entanto, o piloto brasileiro não conseguiu ficar parado por muito tempo e, em 1984, foi se aventurar nos Estados Unidos, iniciando sua trajetória na Fórmula Indy. Por lá, manteve a rotina de vitórias - e com a ajuda de outra lenda brasileira: Ayrton Senna.
Em junho de 1989, Fittipaldi pilotava para a Penske Racing e enfrentava dificuldades para ajustar o carro durante os treinos livres para o Grande Prêmio de Detroit, nos Estados Unidos.
Durante uma coletiva da OKX em parceria com a McLaren em São Paulo, o piloto revelou que, antes da classificação para a prova, ligou para Ayrton Senna em busca de ajuda.
Na Fórmula 1, Senna havia vencido em Detroit por três anos consecutivos, em 1986, 1987 e 1988. Como as pistas eram semelhantes, Fittipaldi resolveu ligar para Senna, que na época corria pela McLaren.
Normalmente, em um circuito de rua com muitas ondulações, a barra estabilizadora do carro é ajustada para ser mais macia, ajudando a lidar com as irregularidades. Mas a dica de Senna foi exatamente o oposto.
“Um dia antes, liguei para o Ayrton, e ele me disse para colocar uma barra mais dura no carro. Fiquei com aquilo na cabeça e fui para a classificação. Faltando três minutos para o fim, eu estava em segundo ou terceiro e falei para o meu engenheiro mudar para a barra mais rígida. Dito e feito. Fiz a pole e ainda ganhei a corrida”
Nos 30 anos da morte de Senna, o tricampeão brasileiro de Fórmula 1 receberá várias homenagens durante o fim de semana do GP de São Paulo. Neste sábado (2), o público foi convocado a ir a Interlagos usando as cores da bandeira do Brasil, mesmo dia em que Lewis Hamilton pilotará a McLaren com que Senna conquistou o seu bicampeonato mundial em 1990.