Experiência da Sauber e história da Audi animam Emerson Fittipaldi sobre Gabriel Bortoleto

Campeão da Fórmula 2 estreará na F1 em 2025 pela Sauber, que vira equipe de fábrica da Audi em 2026

Por Emanuel ColombariGabriela Santos

Emerson Fittipaldi vê com bons olhos a entrada de Gabriel Bortoleto na Fórmula 1.

Campeão da Fórmula 3 em 2023 e da Fórmula 2 em 2024, o brasileiro será titular da Sauber a partir de 2025. Para o bicampeão da Fórmula 1, a escolha vem em bom momento, já que a escuderia suíça passará a correr como equipe de fábrica da Audi a partir de 2026.

“Acho que ele está numa equipe boa. A Sauber é uma equipe séria, com experiência. É uma equipe muito boa para ele entrar. Daqui dois anos, está Audi. Audi é Audi”, afirmou Emerson em entrevista à imprensa no fim de semana durante o E-Prix de São Paulo, primeira etapa da temporada 11 da Fórmula E.

Aula de história

A própria entrada da Audi na Fórmula 1 tem deixado otimista o bicampeão da categoria, já que a marca carrega consigo uma longa história no automobilismo.

A empresa nasceu em 1969, da fusão de duas marcas que haviam sido compradas pela Volkswagen: Auto Union e NSU. A Auto Union, por sua vez, nasceu em 1932 da união de quatro empresas – uma delas com o nome da própria Audi.

Na década de 1930, a partir de 1933, a Auto Union passou a disputar a temporada de Grandes Prêmios – que, mais tarde, seria regulamentada e daria origem à Fórmula 1 em 1950. Nessa época, nomes como Tazio Nuvolari, Achille Varzi, Bernd Rosemeyer, Hans Stuck e Rudolf Caracciola se destacaram pelos carros da fabricante.

Por isso, para Emerson, a transição de Sauber para Audi é uma espécie de retorno da Audi à F1. “A Audi está voltando para a Fórmula 1. Porque as pessoas não sabem, mas a Audi era a Auto Union antes da Segunda Guerra Mundial. Os alemães sabem correr. É a história dos alemães”, lembrou.

‘Nosso espaço’

Ainda de acordo com Emerson, a estreia de Gabriel Bortoleto fortalece o automobilismo latino-americano.

Em 2024, apenas dois países da região estiveram no grid da F1: Franco Colapinto (Williams) e Sergio Pérez (Red Bull), mas o primeiro perderá a vaga de titular em 2025 e o segundo corre o risco de ficar sem assento.

Em contrapartida, serão quatro pilotos britânicos entre os 20 do grid: Lewis Hamilton (Ferrari), Lando Norris (McLaren), George Russell (Mercedes) e Oliver Bearman (Haas). A lista chega a cinco - ou 25% do grid - caso inclua Alexander Albon (Williams), nascido na Inglaterra que corre com a nacionalidade tailandesa da mãe.

“Nos últimos anos, o único piloto latino-americano a vencer foi Checo Pérez. Isso é muito decepcionante para a América Latina. Mas eu digo para os pilotos europeus que observem, porque há jovens brasileiros chegando, assumindo muitas vagas”, disse Emerson. “Precisamos de nosso espaço de volta.”

Tópicos relacionados

Notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.