O Grande Prêmio de São Paulo de 2024, entre os dias 1 e 3 de novembro, será a última prova de uma sequência de três finais de semana consecutivos da Fórmula 1. Antes da etapa no Autódromo de Interlagos, a categoria passou pelo GP dos Estados Unidos (18 a 20 de outubro) e passará pelo GP do México (25 a 27 de outubro).
Mas a rodada tripla das temporadas mais recentes não vai se repetir em 2025. Na próxima temporada, as etapas norte-americana e mexicana devem acontecer em finais de semana seguidos – 17 a 19 de outubro e 24 a 26 de outubro, respectivamente.
A prova brasileira, por sua vez, está marcada para os dias 7, 8 e 9 de novembro, com um final de semana de folga após a programação na Cidade do México.
A mudança é um pleito recorrente nos últimos anos. Por parte de pilotos e equipes, a “rodada tripla” na reta final da temporada era encarada com desgaste. É comum que dirigentes nem mesmo viagem a São Paulo para o fim de semana.
Por parte da organização do Grande Prêmio de São Paulo, o espaçamento também era um objetivo para tentar uma melhor adequação ao calendário de eventos no Autódromo de Interlagos. Além de competições automobilísticos, o local recebe também diversos shows e eventos culturais ao longo do ano.
“Realmente, o controle do calendário é feito pela própria Fórmula 1, e a gente sempre tem aquela questão em novembro de você tentar espaçar um pouco a Fórmula 1 de alguns eventos que acontecem antes. O nosso pleito foi mais nesse sentido, de tentar espaçar”, explicou Alan Adler, CEO do GP de São Paulo, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (23).
Planos futuros para Interlagos
A estrutura do Autódromo de Interlagos é uma questão que interessa não apenas à Fórmula 1, como também à própria cidade. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) celebrou o aumentou do público nos últimos anos, o que resultou em aumento de receitas – o que fez com que os planos de concessão da estrutura para a iniciativa privada fossem descartados.
Para o GP de 2024, Interlagos devem contar com arquibancadas (fixas e móveis) para 80 mil torcedores. Nos próximos anos, segundo o prefeito, o plano é retirar os muros ao redor do autódromo e substituí-los por grades, com o objetivo de valorizar o espaço como estrutura pública.
“A gente tem demanda para usar o autódromo e não tem mais (calendário)”, afirmou Nunes na coletiva. “A gente optou por desistir da questão da concessão e ter esse equipamento público, com um risco. Deu certo.”