Ecclestone fala sobre detenção com arma no Brasil: 'Foi tudo muito amigável'

Ex-chefão da F1 foi detido no aeroporto de Campinas após uma pistola ser encontrada em sua bagagem

Da redação

Bernie Ecclestone, diretor de Fórmula 1
Tobias Hase/Pool/AFP

Em declarações divulgadas no último final de semana pela agência de notícias britânica PA, Bernie Ecclestone, ex-diretor-executivo da Fórmula 1, falou pela primeira vez sobre a abordagem da qual foi alvo no dia 25 de maio, em Campinas (SP). Na ocasião, foi detido por policiais no aeroporto de Viracopos depois que uma pistola foi encontrada em sua bagagem.

Segundo Ecclestone, ele foi apenas “interrogado”, e não chegou a ser preso. Mesmo assim, passou algumas horas sob custódia policial, até que fosse liberado para viajar mediante pagamento de uma fiança de R$ 6.060,00.

“Eu tinha uma arma pequena, minúscula, como uma dessas que mulheres carregam na bolsa caso alguém tente ataca-las. Ganhei anos atrás de um mecânico da Fórmula 1, que disse que é bom levar (a arma) no bolso no Brasil porque eles estão assaltando as pessoas o tempo todo lá. Não tem balas nem nada, era apenas algo para exibir. Se funcionaria ou não, não sei porque nunca aconteceu comigo. Eu só tinha em casa e nunca andei com ela”, disse.

“Mas eu estava brincando com isso em casa, fingindo prender alguém, e então tirei minha camisa (...). Deixei minhas coisas para serem embaladas e aquela camisa foi embalada com minha bagagem”, acrescentou.

“Quando chegamos ao aeroporto, me pediram para ir à imigração porque eles escanearam nossa bagagem e disseram que parecia que havia uma arma. Eles disseram: ‘Não abriremos nada até que você esteja lá’. Cheguei, abrimos a mala, todos vasculhamos a bagagem, não conseguimos encontrar e finalmente encontramos. “Eu disse a eles o que era e eles disseram: ‘Agora temos um problema porque precisa ser relatado.’”

Ecclestone lembrou que não havia violação de leis pelo fato de carregar a arma, mas sim pelo fato de viajar sem declarar uma arma que não era registrada. Mesmo assim, contou que não teve problemas com as autoridades.

“Passamos uma eternidade tentando resolver isso para relatar as coisas, e então o aeroporto estava fechado e não podíamos sair até as 5h [na quinta-feira], então passei algumas horas agradáveis com a polícia. Mas foi tudo muito amigável, muito legal e havia muitos entusiastas da Fórmula 1 para conversar”, descreveu.

“Eles não aceitavam dólares, então tinha que ser moeda local e eram R$ 6 mil, o que não era nada. Foi tudo muito embaraçoso para todos – muito agravamento por nada”, contou o dirigente, que foi autorizado a deixar o Brasil e está atualmente em Portugal.

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