Felipe Drugovich teve um desempenho discreto no primeiro treino livre do Grande Prêmio do México, nesta sexta-feira (25). Escalado para substituir Fernando Alonso na Aston Martin para a sessão, conforme exigência do regulamento da Fórmula 1, o brasileiro terminou na 18ª colocação.
Apesar do resultado, Drugovich ficou satisfeito com o desempenho. Isso porque a primeira parte da sessão foi atrapalhada por duas bandeiras vermelhas; quando a situação deslanchou, o paranaense só conseguiu dar duas voltas com pneus macios, mas pegou trânsito na primeira.
“Acho que, considerando as bandeiras vermelhas e todo o caos que foi a sessão inteira, acho que foi bom. O trabalho que era para ser feito para a equipe, fiz bem feito. A gente teve umas duas voltas com o pneu duro, que serviram mais para eu me habituar com o carro. Depois foram duas voltas com o pneu macio, que todo mundo sabe que só dura uma volta. Na primeira volta, tive bastante trânsito, então perdi muito tempo no último setor”, afirmou o piloto brasileiro em entrevista à Band.
“Enfim, não era esse o intuito da sessão, era mais guiar mais uma vez um Fórmula 1. É sempre um prazer, seja com que carro for. Estou feliz com a sessão. O resultado é muito dependente do programa da equipe”, acrescentou.
Ao todo, Drugovich conseguiu dar quatro voltas, marcando 1:19.819 na melhor delas. O primeiro lugar ficou com George Russell, da Mercedes, que fez 1:17.998. A diferença poderia ter sido menor, já que as somas dos três melhores setores do brasileiro poderiam ter rendido a ele uma volta mais competitiva e algumas posições.
O Autódromo Hermanos Rodríguez ainda oferecia dificuldades a mais para Drugo. Foi a primeira experiência do piloto no traçado, conhecido por ter a maior altitude da temporada – a pista está a mais de 2,2 mil metros acima do nível do mar.
“Nunca tinha andado nessa pista. Completamente tudo novo para mim, nunca tinha andado nesse carro também. É a primeira vez no carro de 2024 – parece que não, mas é bem diferente do (carro de) 23”, analisou o brasileiro da Aston Martin, que estranhou a princípio a falta de aderência e de downforce no México. “É complicado no começo, mas é parte do aprendizado.”
Opções para 2025
Para 2025, Felipe Drugovich ainda tem destino incerto. Correndo por fora na lista de cotados para uma vaga na Sauber, o brasileiro pode seguir como piloto reserva da Aston Martin.
Assim, os principais destinos seriam a Fórmula E a Indy, nas quais ele já testou. Na categoria elétrica, as únicas vagas disponíveis estão na equipe Kiro Race (antiga ERT); na Indy, destacou-se após testes recentes.
“Eu gostaria de saber também qual é a opção que eu tenho para o ano que vem”, brincou. “Tem algumas opções na mesa, vamos ver qual é a melhor opção. Tem a opção de continuar como reserva aqui também, vamos ver qual é a melhor opção para mim. Por enquanto, é cedo para dizer qualquer coisa.”