Dono da Haas explica demissão de Guenther Steiner, ex-chefe da equipe na F1

Decisão foi tomada com pouco mais de um mês para o início da temporada 2024 de Fórmula 1

Da redação

Dono da Haas explica demissão de Guenther Steiner, ex-chefe da equipe na F1
Gene Haas e Guenther Steiner
Haas

Em entrevista exclusiva ao site oficial da Fórmula 1, Gene Haas, dono da equipe que leva seu nome, explicou os motivos da saída de Guenther Steiner do comando do time, o porquê da escolha de Ayao Komatsu para a chefia da escuderia, além de refutar os rumores sobre uma possível venda da Haas na F1. 

"No fim, foi sobre performance. Estamos aqui no nosso oitavo ano, após 160 corridas, e nunca tivemos um pódio. Nos últimos anos ficamos em décimo ou nono lugares. Não estou falando que é culpa do Guenther ou coisa e tal, mas me parece um momento apropriado para seguir em uma direção diferente, porque não me parece que continuar do mesmo jeito vá mudar algo. Eu gosto do Guenther, é uma ótima pessoa. Mas é preciso perguntar a ele o que deu errado. Eu não tenho mais interesse em ficar em décimo", explica Gene. 

Para o lugar de Guenther, Haas excolheu Ayao Komatsu, que tem 47 anos e se juntou ao time na temporada de estreia da equipe, em 2016, como engenheiro de corrida. Além dos 20 anos de experiência em Fórmula 1, Ayao também foi sendo promovido na equipe ao longo dos anos, até convencer Gene de que seria um bom substiuto para o ex-chefe. 

"Olhamos para dentro do time para quem tinha mais experiência. Ayao está no time desde o primeiro dia, conhece tudo. Minha maior preocupação é chegar no Bahrein com um carro pronto para a temporada. E talvez ter alguém da engenharia no comando ajude. O Guenther era mais uma pessoa com habilidade de interação humana, enquanto o Ayao é mais técnico, olha para as coisas com base em estatísticas. É um jeito diferente de trabalhar. E agora precisamos de algo realmente diferente, pois não estávamos indo bem", revala o dono da equipe. 

Na entrevista, Gene Haas também rechaçou rumores de uma possível venda da equipe. 

“Eu não entrei na F1 para vender. Eu o fiz porque queria correr, e o Guenther tinha a mesma visão. Não estamos aqui para fazer dinheiro, queremos correr e ser competitivos. Se você olhar a história, vários times tiveram bons e maus anos. Sobreviver é uma das características de evoluir. Enquanto você sobreviver, terá sempre um novo ano para provar seu valor. Essa é uma mudança grande. Ficar sem o Guenther fará o time focar em outros aspectos. Tomara que possamos sair mais fortes disso tudo”, analisa. 

O dono da escuderia americana reforçou a importância dos estreitos laços que tem com a Ferrari na F1. 

“A Ferrari tem sido boa conosco. Estão com a gente desde o primeiro dia e fazem excelentes motores. Temos usado muitos materiais deles e funciona muito bem. Tenho até vergonha de não conseguirmos evoluir com esse material. E agora tudo vai ficar mais competitivo, com a relação mais estreita entre Red Bull e AlphaTauri. Então ter uma parceira com a Ferrari é muito importante”, diz. 

A temporada 2024 da Fórmula 1, que tem o maior calendário da história, começa no dia 2 de março, com o GP do Bahrein.  Antes, em algum momento de fevereiro (ainda não revelado), a Haas apresentará o carro que Nico Hulkeberg e Kevin Magnussen vão guiar neste ano. 

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