Ex-patrocinador cobra dívidas e ameaça tomar carros da Haas no GP da Holanda

Uralkali foi parceira da equipe norte-americana em 2021, mas contrato foi rescindido no começo de 2022

Da redação

Boxes da Haas no GP da Holanda 2024
Moneygram Haas F1 Team

A Uralkali, empresa russa do ramo de fertilizantes, cobra na justiça holandesa uma dívida da equipe Haas, da qual foi patrocinadora na temporada 2021 da Fórmula 1. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (23) pelo site Motorsport.com.

Segundo a publicação, a companhia recorreu às autoridades da Holanda para apreender os bens da equipe norte-americana neste final de semana, durante a programação do Grande Prêmio local. Desta forma, caso não encontre uma solução, a Haas não poderá deixar o país a partir de segunda-feira (26) para a próxima etapa, o GP da Itália.

A Uralkali assumiu o papel de patrocinadora principal da Haas no começo de 2021 para apoiar a participação de Nikita Mazepin. No entanto, o piloto russo foi dispensado no começo de 2022 como desdobramento da invasão da Rússia a territórios da Ucrânia. O compromisso entre time e empresa, que iria inicialmente até o fim de 2022, foi rescindido.

No dia 12 de junho de 2024, uma decisão judicial na Suíça determinou que a Haas deveria indenizar a Uralkali, reembolsando parte do valor recebido no acordo de patrocínio. Na quinta-feira (22), representantes legais da empresa visitaram as instalações da Haas em Zandvoort para, na companhia de policiais, avaliar financeiramente os ativos disponíveis.

“Essa é a consequência esperada para a recusa da Haas em acatar a decisão da arbitragem determinando o pagamento e (a entrega de) um carro de corrida à Uralkali”, informou a empresa russa em comunicado enviado ao site RacingNews365. “A Haas teve mais de dois meses para implementar a decisão e, conforme previamente relatado, a Uralkali procurou representantes da Haas com opções para o pagamento e para o envio do carro, sem receber qualquer resposta substantiva.”

Durante entrevista coletiva neste final de semana, já em Zandvoort, o chefe de equipe da Haas, Ayao Komatsu, afirmou que o time reconhece a decisão e trabalha para resolver a questão.

“Estamos trabalhando nisso. Está levando mais tempo do que eu gostaria”, reconheceu o dirigente. “Estamos concentrados em fazer isso o mais rápido possível.”

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