De Hunt a Schumacher: três curiosidades do Grande Prêmio do Japão de F1

Para o público brasileiro, corrida japonesa é a segunda de quatro etapas na madrugada, além da já realizada na Austrália

Da redação

A Fórmula 1 desembarca no continente asiático, em especial, no solo de campeões: Suzuka, no Japão.

O público que já enfrentou o fuso horário da corrida na madrugada testemunhou títulos com James Hunt, Nelson Piquet, Ayrton Senna, Alain Prost, Damon Hill, Mika Häkkinen, Michael Schumacher, Sebastian Vettel e Max Verstappen.

E como palco de tantos títulos mundiais desde que entrou no calendário da categoria em 1976, adrenalina, competitividade extrema e sorte não faltaram por lá.

Relembre três histórias memoráveis de campeões em busca da vitória no GP do Japão:

James Hunt x Niki Lauda 

O Japão estreou no calendário da Fórmula 1 como palco de uma decisão emblemática. E para entender o episódio, é preciso retornar a temporada de 1976, quando a categoria corria no circuito nipônico de Fuji.

De um lado, James Hunt, da McLaren. Do outro, Niki Lauda, pela Ferrari. Ambos sedentos pelo título mundial. 

Prova disso foi a disposição de Lauda para retornar às pistas 43 dias após quase perder a vida no grave acidente que sofreu no GP da Alemanha. Quando os dois pilotos se encontraram no grande prêmio japonês, o austríaco abandonou a disputa devido aos riscos da tempestade. 

Diante da desistência do maior adversário na pista, Hunt faturou o título daquele ano por apenas um ponto a mais que Niki Lauda, ao somar 69 contra 68. Isso porque o britânico terminou a corrida em terceiro lugar, atrás de Michael Andretti (Lotus) e Patrick Depailler (Tyrrell).

Alain Prost x Ayrton Senna 

Outra disputa pelo título decidida no Japão, considerada uma das mais dramáticas da categoria, ocorreu entre companheiros de equipe.

Em 1989, na pista de Suzuka, a dupla da McLaren protagonizou um embate tenso ainda na primeira volta quando o pole position, Ayrton Senna, foi superado por Alain Prost. 

O brasileiro precisava ganhar em Suzuka e na etapa seguinte, na Austrália, para faturar o bicampeonato. Ao se aproximar de Prost, na volta 47 (de 53), em uma disputa lado a lado, o francês atacou ao colidir com a McLaren irmã. Prost abandonou, mas Senna insistiu para continuar. Após ser empurrado por seguranças, passou pela área de escape da chicane e venceu a corrida.

Porém, o brasileiro foi desclassificado pelos comissários da prova sob a irregularidade no retorno à pista. Assim, Alain Prost faturou o tri.

Mas o troco não demorou. Em 1990, também no Japão, Senna se vingou ao jogar o carro em cima do francês – então na Ferrari – e faturou o segundo título. 

O hexa de Michael Schumacher

Em 2003, uma nova página foi escrita no mundo do esporte. Era uma vez, no circuito de Suzuka, o primeiro hexacampeão mundial de Fórmula 1: Michael Schumacher. A história da inédita conquista protagonizada pelo alemão da Ferrari superou o pentacampeonato do lendário Juan Manuel Fangio.

Logo no ano seguinte, Schumacher superou a própria marca ao faturar o sétimo título, feito igualado apenas por um piloto até o momento: Lewis Hamilton

Diferente das etapas acirradas citadas acima, para Schumacher levantar a taça do hexa, o roteiro da vitória foi diferente. O alemão precisou apenas do oitavo lugar na etapa japonesa, já que tinha grande vantagem para a concorrência. 

O único piloto que poderia tirar a alegria do multicampeão seria Kimi Raikkonen, da McLaren. E isso só não foi possível graças ao companheiro de equipe do alemão, o escudeiro Rubens Barrichello, que além da pole position, venceu a corrida. Ou seja, tirou as chances de Raikkonen e colaborou ao sexto título de Michael Schumacher.

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