‘Decepcionado’, Ricciardo vira alvo de críticas e especulações na Fórmula 1

Australiano vê pressão crescente na McLaren e se torna protagonista de rumores

Da redação

Australiano vê pressão crescente na McLaren e se torna protagonista de rumores
McLaren F1

A situação de Daniel Ricciardo na McLaren não é confortável. Com 11 pontos em sete corridas, o australiano ocupa apenas o 11º lugar no Mundial de pilotos, enquanto seu companheiro de equipe, o britânico Lando Norris, soma 48 pontos e é o sétimo.

Embora tenha contrato com a equipe até o fim de 2023, Ricciardo vê a pressão aumentar a respeito de sua permanência. E ele mesmo admitiu estar desapontado com seus desempenhos recentes. No GP de Mônaco, ele largou em 14º e chegou em 13º.

“Foi um final de semana duro, infelizmente. Não é novidade – eu tive alguns assim nos últimos 12 meses, então posso dizer que sei lidar com eles um pouco melhor”, lamentou o piloto no último domingo (29), segundo o site oficial da Fórmula 1.

“Vou continuar a sorrir, ou a tentar sorrir. Mas, no fundo, estou obviamente decepcionado.”

Críticas e cobranças

Em diversos veículos, as críticas ao desempenho do ex-piloto de Red Bull e Renault são recorrentes. A comparação com Lando Norris quase sempre tem sido pouco elogiosa.

“Lando tem destruído ele mentalmente, fisicamente e na pista, e quando você tem esse tipo de cenário dentro de uma equipe, isso te afeta. Então, você precisa reagir imediatamente”, analisou Eddie Jordan, fundador da equipe Jordan (que correu na F1 entre 1991 e 2005), em declarações ao canal de TV britânico Channel 4.

“A menos que ele tenha algumas melhoras, rapidamente, eu não posso vê-lo permanecendo ali por muito tempo, para ser honesto. Um contrato na Fórmula 1 não significa muito”, criticou Alan Jones, campeão da temporada 1980 da F1, em declarações ao jornal australiano Herald Sun.

O próprio diretor-executivo da McLaren, Zak Brown, já afirmou no fim de semana que Daniel Ricciardo não tem correspondido às expectativas desde que chegou, em 2021.

“Eu falei com Daniel a respeito. Não estamos conseguindo os resultados que ambos esperávamos, mas vamos continuar buscando”, disse o dirigente, de acordo com o site Motorsport.com.

“Acho que ele mostrou em Monza (a vitória no GP da Itália de 2021) que ele pode vencer corridas. Também precisamos desenvolver nosso carro, (que) não é capaz de vencer corridas. Mas gostaríamos de vê-lo um pouco mais à frente no grid.”

A franqueza do dirigente causou estranheza até em quem já está acostumado à Fórmula 1. “Fiquei surpreso por ele ter vindo a público e dizer isso”, disse Jenson Button, campeão da temporada 2009 e piloto da McLaren na F1 entre 2010 e 2017, à Sky Sports.

“Todo mundo com a equipe deveria estar protegendo estes pilotos. A Fórmula 1 é um jogo realmente mental. Eles têm muita habilidade, mas você não consegue desempenhar se sua cabeça não está no lugar certo”, completou.

Vaga ameaçada?

Não são poucos os pilotos do grid de 2022 da Fórmula 1 que têm sentido a pressão aumentar sobre eles. Nomes como Mick Schumacher (Haas), Nicholas Latifi (Williams) e Guanyu Zhou (Alfa Romeo) têm futuro incerto.

E Ricciardo também vê a cobrança aumentar desde que chegou à McLaren. Zak Brown descarta a possibilidade de dispensar o australiano, mas diz que caberia ao próprio piloto decidir o que fazer.

Na imprensa internacional, alguns nomes são cotados para o posto. Entre eles, o do francês Pierre Gasly, que tem contrato com a AlphaTauri até o fim de 2022 e sabe que não terá espaço na Red Bull – a equipe austríaca já definiu que manterá Max Verstappen e Sergio Pérez pelo menos até o fim de 2024.

Mas Gasly não é o único cotado. Pato O’Ward, que desde 2020 corre pela McLaren na Indy, não esconde que gostaria de correr pelo time na F1. E segundo o site da revista Motorsport Magazine, o desempenho de O’Ward nas 500 Milhas de Indianápolis de 2022, nas quais o mexicano foi segundo colocado, reforçou sua posição como possível candidato à vaga do australiano.

O site Formula 1 News colocou o norte-americano Colton Herta como outro possível substituto. Herta também corre na Indy, mas trabalha em 2022 como piloto de desenvolvimento da McLaren na F1.

A lista não para por aí. O jornal britânico Daily Express ainda inclui o holandês Nyck de Vries e o australiano Oscar Piastri como possíveis candidatos à vaga. O primeiro foi campeão da F2 (2019) e da Fórmula E (2021), e se divide atualmente como terceiro piloto e piloto de testes de Mercedes, McLaren e Williams. O segundo foi campeão da F3 (2020) e F2 (2021), e hoje é reserva da Alpine e da McLaren.

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