Daniel Ricciardo deixou a McLaren no fim de 2022, depois de uma temporada de poucos resultados pela equipe. E para o australiano, foi difícil se entender com os carros do time – mesmo antes da última temporada, marcada pela adoção de um novo regulamento aerodinâmico na Fórmula 1.
Em entrevista ao Beyond the grid, o podcast oficial da F1, Ricciardo explicou que teve dificuldades com a falta de feedback dos carros da McLaren, sem conseguir converter em melhorias o que tentava sentir nas pistas. Para o experiente australiano, as curvas eram os principais problemas.
“Se você luta com a saída de uma curva, normalmente é um produto do que aconteceu na curva que o colocou em uma posição de, digamos, dificuldade na saída. A maioria das dificuldades começa na entrada – talvez não todas, mas a maioria”, analisou, em declarações veiculadas na terça-feira (20).
Em 2021, na primeira temporada de estreia pela McLaren, Ricciardo chegou a conquistar uma vitória – no GP da Itália, com Lando Norris em segundo completando a dobradinha da equipe. Mesmo assim, assegura que já enfrentava dificuldades.
“Eu meio que me pergunto: será que nos perdemos no caminho?”, questiona. “Acho que comecei a me esforçar demais, e tentamos projetar muito e nos afastar de, digamos, meus pontos fortes e tentar dirigir o carro de uma certa maneira, (o que teria sido) talvez uma fraqueza para mim, e algo que eu realmente não conseguia entender.”
Para Ricciardo, a equipe também sofreu ao tentar atualizar e melhorar o carro. “Mas, do meu lado, também penso: 'OK, não sou perfeito. Claro, tenho alguns pontos fracos, e este carro acaba por expor alguns deles'.”
Por isso, para o australiano, o regulamento de 2022 acabou não sendo o principal problema em sua adaptação à McLaren. Para efeito de comparação, o australiano somou 115 pontos pelo time em 2021, contra 37 em 2022.
“Os carros certamente se comportaram de maneira um pouco diferente, mas eu diria que o DNA do carro ainda é o mesmo. No final das contas era a mesma coisa”, acredita.