Os olhos no Brasil já estão voltados para o Grande Prêmio de São Paulo. Mas antes de chegar ao Autódromo de Interlagos, a Fórmula 1 ainda faz uma parada: o Grande Prêmio do México.
De volta ao calendário em 2015, a prova na Cidade do México tem uma longa história, com duas passagens anteriores: 1963 a 1970 e 1986 a 1992. Ao longo deste período, consagrou nomes como Max Verstappen, Jim Clark, Lewis Hamilton, Alain Prost e Nigel Mansell. O Brasil tem uma vitória no local, com Ayrton Senna em 1989.
Mas nem só de vitórias se escreve a trajetória do GP do México. A história da F1 no país passa por diversas referências: ídolos locais, tragédias, tumulto e até Jogos Olímpicos.
Confira cinco curiosidades do Grande Prêmio do México:
Magdalena Mixhuca
O circuito onde acontece o GP do México é chamado Hermanos Rodríguez, em homenagem aos pilotos locais Pedro Rodríguez e Ricardo Rodríguez, irmãos que morreram em acidentes automobilísticos. Antes disso, porém, o circuito era conhecido como Magdalena Mixhuca, em referência à Ciudad Deportiva Magdalena Mixhuca, inaugurada em 1962 e utilizada na Olimpíada de 1968, na Cidade do México. O nome faz referência a Magdalena Mixiuhca, um dos vilarejos que deu origem à capital mexicana. Por sua vez, o nome faz referência a Maria Madalena, padroeira local, e a uma expressão no dialeto nauátle que significa “lugar de dar à luz”.
Irmãos Rodríguez
Os Hermanos Rodríguez que dão nome ao circuito estão entre os maiores ídolos da história do automobilismo mexicano. Ricardo Rodríguez, o mais novo, era visto como um potencial candidato a título na F1, mas morreu aos 20 anos - titular da Ferrari, ele optou por disputar pela Lotus o GP do México de 1962, prova extraoficial do calendário da categoria, na qual sofreu um acidente fatal. Ricardo Rodríguez, o mais velho, morreu aos 31 anos em uma prova de carros esportivos em 1971 na Alemanha.
Tumulto e confusão
O GP do México de 1970 foi marcado por uma confusão que custou caro à organização. Com estimativa de 200 mil torcedores na corrida, os responsáveis tiveram dificuldades para garantir a segurança - os fãs se apertaram nas arquibancadas e chegaram a atirar garrafas na pista. Investimentos foram feitos para melhorar as condições a partir de 1971, mas a morte de Ricardo Rodríguez fez com que os organizadores desistissem da prova.
Pontos históricos
O ponto mais famoso do traçado fica entre as curvas 12 e 17, onde antes ficava a curva Peraltada. Hoje, o trecho dá lugar a uma sequência de curvas, que passa por dentro das instalações onde havia originalmente um estádio de beisebol – a pista inclusive corta as arquibancadas. Ao fundo, é possível avistar o Palacio de los Deportes, um ginásio bastante peculiar construído para a Olimpíada de 1968.
Correndo na altitude
O GP do México é a prova disputada com a maior altitude do calendário da F1, já que o Autódromo Hermanos Rodríguez fica a 2.240 metros acima do nível do mar. Para efeito de comparação, a segunda pista mais alta é Interlagos, a 700 metros acima do nível do mar. A altitude tem impacto direto na atuação dos motores, e é um dos imprevistos da prova.