O acidente protagonizado por Daniel Ricciardo e Alexander Albon na largada do GP do Japão, realizado no último domingo, em Suzuka, acabou facilitando a vitória de Max Verstappen.
A batida aconteceu nas primeiras curvas, quando Ricciardo não viu a Williams de Albon e fechou o tailandês. Os carros de ambos se tocaram e a dupla saiu da pista e bateu na barreira de pneus. A prova foi interrompida por bandeira vermelha, o que dá aos pilotos uma oportunidade não apenas trocar os pneus sem perder tempo e posições, mas também de pequenos ajustes na asa dianteira.
E foi exatamente um ajuste na asa dianteira do carro de Verstappen, gerando mais pressão aerodinâmica no RB20, que premitiu ao holandês vencer a prova com mais facilidade.
“Para o Max, o ajuste na asa dianteira se provou crucial, ainda mais pelas altas temperaturas no domingo. Então durante a bandeira vermelha ficamos em uma posição privilegiada para reajustar a asa. Dá para dizer que, indiretamente, Ricciardo ajudou Verstappen, porque depois da relargada o carro rendeu bem mais”, afirma Helmut Marko, diretor da Red Bull.
Segundo Marko, uma atualização para o GP do Japão acabou desconfigurando o ajuste ideal do carro. E com um praticamente um treino livre a menos, já que Verstappen não saiu dos boxes no segundo treino livre por causa da chuva, a equipe não conseguiu achar uma configuração ideal à tempo.
“O motivo pelo qual não conseguimos o melhor setup foi, provavelmente, pela grande atualização técnica que fizemos no Japão. Porque a segunda sessão de treinos foi meio que cancelada - muito molhada para pneus de seco, muito seca para pneus intermediários. Mas são coisas que podem acontecer”.
Com o ajuste na asa dianteira feito, Verstappen venceu com 12 segundo de vantagem para o segundo colocado, o companheiro Sergio Pérez. A vitória isolou Max na liderança, com 77 pontos de vantagem, 13 a mais que o mexicano.
A F1 retorna no dia 21 de abril com o GP da China, que não é disputado desde 2019 em função da pandemia de Covid-19.